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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Polícia Federal está perto de pegar Carlos Bolsonaro por Fake News


Por não controlar a PF, Bolsonaro teme que provas contra Carlos sejam vazadas para a imprensa, por isso o desejo de demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo


A vontade de Jair Bolsonaro de demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, tem relação com a investigação da PF sobre fake news contra o STF estar chegando perto de Carlos Bolsonaro, segundo informações do Blog do Vicente, no Correio Braziliense.
De acordo com o blog, policiais envolvidos no caso afirmam que Carlos é o mentor dos ataques disparados aos ministros da Corte.
Por não controlar a PF, Bolsonaro teme que provas contra Carlos sejam vazadas para a imprensa.
A equipe que investiga as fake news contra o STF também passa a investigar os atos contra o Congresso Nacional, o Supremo e a favor da volta do AI-5 no último domingo (19), na qual suspeita-se também da participação de Carlos Bolsonaro.
Para o colunista do Globo Merval Pereira, a iminente demissão de Valeixo tem direta relação com a suspeita que ronda Carlos.

Real foi a moeda que mais caiu no mundo em 2020, com o fracasso de Guedes e Bolsonaro



O real liderou com folga as perdas entre as principais moedas nesta sessão e tomou do rand sul-africano o nada honroso posto de divisa com pior desempenho global no ano, com queda de 27,41% (alta de 37,75% do dólar)


SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou acima de 5,52 reais pela primeira vez nesta quinta-feira, batendo recordes históricos pelo segundo dia consecutivo diante do clima de incerteza no mercado doméstico do lado político e econômico.

O real liderou com folga as perdas entre as principais moedas nesta sessão e tomou do rand sul-africano o nada honroso posto de divisa com pior desempenho global no ano, com queda de 27,41% (alta de 37,75% do dólar).
A moeda dos EUA já vinha em alta durante boa parte do dia, o que levou o Banco Central a realizar duas ofertas líquidas de contratos de swap cambial tradicional (que equivalem a injeção de liquidez no mercado futuro). No total, foi colocado 1 bilhão de dólares nesses derivativos.
A cotação chegou a desacelerar a alta, mas retomou máximas em seguida e ganhou ainda mais tração por volta de 14h30, quando foi publicada notícia de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria pedido demissão depois de decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal.
A Reuters apurou que Moro ameaçou deixar o cargo se Bolsonaro decidir trocar o diretor-geral da PF.
A reação foi imediata em todo os mercados. O dólar saltou de 5,46 reais para perto de 5,50 reais. O juro longo disparou quase 20 pontos-base. E “a Bolsa perde mais de mil pontos em segundos”, disse Henrique Esteter, analista de research e equity sales na Guide Investimentos.
O mercado reagiu negativamente por entender que as notícias sinalizam mais tensões políticas dentro do governo e que uma saída de Moro poderia acabar piorando a avaliação do próprio presidente. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população.
Essa nova frente de incerteza vem depois da demissão do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, então também bem avaliado pelos eleitores.
No fim do dia, o dólar à vista terminou em alta de 2,19%, a 5,5278 reais na venda, novo recorde histórico nominal e na maior valorização percentual desde o fim de março. A cotação encerrou em torno das máximas do dia.
Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 1,67%, a 5,5555 reais, às 17h22.
As incertezas políticas retroalimentam temores de que o governo não consiga retomar a agenda de reformas, especialmente depois do aumento de gastos decorrentes da pandemia do coronavírus.
Nas contas do UBS, o dólar poderia chegar a 7,35 reais ao fim de 2021 no pior dos cenários. “Acreditamos que o caminho final adotado pelo real dependerá crucialmente de o Brasil poder voltar e fortalecer seus esforços de reforma após o auge da atual pandemia”, disseram os economistas Tony Volpon e Fabio Ramos em nota.
A DWS, gestora do Deutsche Bank, vai na mesma linha de preocupação fiscal. “Mais para o fim do ano é que vamos ter mais noção de que como ficará o fiscal. Dependendo da resposta que teremos vamos saber se haverá mais pressão (de alta) no dólar ou não”, disse Luiz Ribeiro, gerente do fundo de ações para a América Latina da DWS.
Para ele, o valor “justo” para o real estaria atualmente mais entre 4,70 por dólar e 4,80 por dólar do que em torno dos patamares atuais. Mas Ribeiro ponderou ser difícil saber o “timing” em que haverá uma convergência para esse nível.

Moro: 'Bolsonaro queria relatórios de inteligência da PF, isso é inaceitável'


A fala do ministro Sérgio Moro foi repassada a alguns assessores. "O próprio presidente me falou que queria ter uma pessoa sua para que pudesse ligar e pegar informações, relatórios de inteligência", afirmou ele, evidenciando a tentativa de Jair Bolsonaro de interferir em investigações


De saída do governo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, fez uma dura crítica a Jair Bolsonaro, que exonerou o agora ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo. 
"O próprio presidente me falou que queria ter uma pessoa sua para que pudesse ligar e pegar informações, relatórios de inteligência. Esse tipo de conduta é inaceitável para autonomia da Polícia Federal", disse o ex-juiz ao repassar o seu discurso a assessores. O relato foi publicado na coluna de Bela Megale
Jair Bolsonaro exonerou Valeixo porque a PF estava aprofundando investigações sobre a atuação de milícias digitais

STF empareda Bolsonaro e divulga ação que retira dele todos os poderes


Ministro Celso de Mello deu celeridade a ação que pode transferir todas as decisões de governo para o vice Hamilton Mourão e também proibir Jair Bolsonaro de atuar nas ruas e nas redes sociais enquanto não apresentar seus exames – o que seria uma intervenção branca


Da página do Supremo Tribunal Federal – O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o presidente da República, Jair Bolsonaro, seja citado no Mandado de Segurança (MS) 37083, impetrado por dois advogados para que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, analise, em 15 dias, a denúncia por crime de responsabilidade protocolada por eles. O ministro observou que, segundo a Súmula 631 do Supremo, a citação de Bolsonaro, na qualidade de litisconsorte passivo necessário, deve ser providenciada pelos advogados, sob pena de extinção do processo sem análise do pedido (mérito).
O relator explica que a citação é uma providência essencial ao regular prosseguimento da ação, pois a eventual concessão do mandado de segurança afetará a esfera jurídica do presidente da República.
O ministro também solicitou informações prévias ao presidente da Câmara dos Deputados, apontado como autoridade coatora na ação por ainda não ter se pronunciado sobre o pedido de impeachment. Segundo o despacho, Maia deverá se manifestar, inclusive, sobre o conhecimento do mandado de segurança.
Prerrogativas
No MS, os advogados pedem a concessão de tutela de urgência para que sejam transferidas para o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, prerrogativas do chefe do governo como a nomeação de ministros, a apresentação de projetos de lei, as relações com chefes de estados estrangeiros e a decretação de estado de defesa ou de sítio.
Por receio de reiteração do que classificam como crime de responsabilidade, pedem que o presidente da República se abstenha de fomentar, promover e participar de aglomeração pública até que comprove os exames negativos para Covid-19. Também querem que ele se abstenha de publicar em meio eletrônico, especialmente em redes sociais, qualquer conteúdo contrário às determinações da OMS sobre o Covid-19. Além disso, pleiteiam a apresentação de seu prontuário médico, como cópia de exames realizados, de 1º de janeiro até a data da impetração do MS, contendo histórico e exames médicos de natureza física e psiquiátrica.
Como outra forma de prevenir suposto crime de responsabilidade, os advogados pedem que Bolsonaro comunique previamente nos autos suas pretensões de saídas em público, com delineamento da agenda oficial, do local, do horário e das medidas prévias adotadas para evitar aglomeração social. Também solicitam que seja determinado ao chefe do Executivo a expedição de protocolo normativo, no prazo de cinco dias, ordenando que seus agentes de segurança, civis ou militares, retirem de qualquer evento público de que participe pessoas portando bandeiras, faixas, camisas e outros meios visíveis de comunicação pedindo a ‘intervenção militar’, ‘golpe militar’, ‘fechamento do Congresso, da Câmara e/ou do Senado’, e ‘fechamento do Supremo’.

Moro aponta crime de responsabilidade de Bolsonaro: “queria alguém na PF para passar informações sigilosas”


Sergio Moro caiu atirando e abriu caminho para o impeachment de Jair Bolsonaro ao apontar que ele cometeu mais um crime de responsabilidade: o de trocar o diretor da PF para ter alguém que o avisasse sobre as investigações de crimes ligados à sua família


Em pronunciamento à imprensa na manhã desta sexta-feira 24, Sergio Moro apontou mais um crime de responsabilidade de Jair Bolsonaro, fortalecendo a abertura do caminho para seu impeachment. Segundo Moro, Bolsonaro quis trocar o comando da Polícia Federal para obter informações sigilosas de investigações ligadas à sua família.
“O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF”, denunciou Moro. “Isso não é função do presidente, ficar se comunicando com Brasília para obter informações que são sigilosas. Esse é um valor fundamental que temos que preservar dentro de um Estado democrático de Direito”, relatou, citando novamente o nome da ex-presidente Dilma Rousseff, sobre quem reconheceu ter dado autonomia à PF durante a Lava Jato.
“Temos que garantir a autonomia da Polícia Federal contra interferências políticas”, defendeu Moro. “Ele havia me garantido autonomia”, lembrou, sobre Bolsonaro. Moro disse ainda que “poderia ser alterado o diretor da Polícia Federal desde que houvesse uma causa consistente", o que não era o caso. "Então realmente é algo que eu não posso concordar”, reforçou. 
Antes, Moro explicou que não era verdadeira a versão de que Maurício Valeixo, demitido da diretoria da PF, teria pedido para sair. “Há informações de que o Valeixo gostaria de sair, mas isso não é totalmente verdadeiro. O ápice da carreira de qualquer delegado é o comando da Polícia Federal. Depois de tantas pressões para que ele saísse, ele até manifestou a mim que seria melhor sair”, detalhou.
“Vou começar a empacotar minhas coisas e dar sequência à minha carta de demissão”, concluiu, sendo fortemente aplaudido pelos jornalistas.

Moro diz que na época do PT a Polícia Federal tinha autonomia



Moro começou seu discurso de renúncia ao cargo citando o PT.   Não mediu esforços para dizer que ‘na época havia muitos defeitos (…) mas a PF tinha autonomia e que ela foi mantida’. Citou também o governo Temer nesse sentido. Não deve ser fácil para os bolsonaristas ouvirem isso.