Copenhague acusa a Rússia de realizar uma "mobilização perto da fronteira ucraniana" e envia por isso à Ucrânia uma nova e maior tranche de fundos após a anterior, de 2018.
O Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca anunciou no domingo (16) que o país destinará € 22 milhões (R$ 138,28 milhões) à Ucrânia como parte de um "programa de apoio abrangente".
Segundo o comunicado, o financiamento ajudará a "fortalecer a resiliência e capacidade da Ucrânia de gerir as consequências severas do conflito em curso na Ucrânia oriental", com Jeppe Kofod, chanceler da Dinamarca, culpando a Rússia pela "mobilização perto da fronteira ucraniana".
"Também estamos aumentando nossa contribuição ao treino militar da Ucrânia e nossa assistência para pôr o pessoal militar ucraniano em linha com os padrões da OTAN", revelou Trine Bramsen, ministra da Defesa.
Além da área militar, a declaração refere que a assistência procurará "melhorar o diálogo entre pessoas dos dois lados da linha de contato, de forma a promover a resolução do conflito e reconciliação local".
Trata-se de um novo apoio financeiro, depois que Copenhague ofereceu € 16,1 milhões (R$ 101,19 milhões, na conversão atual) a Kiev entre 2018 e 2021.
Países ocidentais têm culpado a Rússia por supostamente se preparar para invadir a Ucrânia, com Moscou respondendo que tem todo o direito de movimentar tropas dentro de seu próprio território e que isso é uma resposta à militarização junto das fronteiras russas pela OTAN, inclusive na Ucrânia, que não é Estado-membro da Aliança Atlântica.
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