Total de visualizações de página

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

WhatsApp faz ‘ultimato’: ou usuários permitem compartilhamento de dados com Facebook ou fecham conta

 


A rede social de Mark Zuckerberg passará a ter acesso aos dados do WhatsApp, que também poderá compartilhar dados com outras empresas, revelou a empresa-mãe.

O WhatsApp começará a enviar dados e contatos do aplicativo da empresa ao Facebook, anunciou a subsidiária do bilionário Mark Zuckerberg, em sua nova política de privacidade.

"O WhatsApp pode receber ou coletar certas informações para operar, fornecer, melhorar, compreender, personalizar, dar suporte e comercializar nossos serviços, quando você instala, acessa ou utiliza nossos serviços", afirma.

Se os usuários não aceitarem as novas regras, perderão acesso à conta, e qualquer uso do aplicativo a partir de 8 de fevereiro implica a sua aceitação. Os dados serão assim processados pelo Facebook, apesar de este não poder acessar as conversas devido à encriptação de ponta a ponta. Os dados pessoais (números de celular dos usuários, números dos contatos, localização e outros) também poderão ser compartilhados com outras empresas.

O portal Ars Technica citou uma porta-voz do WhatsApp, segundo a qual a mudança visa permitir que a empresa armazene as conversas do WhatsApp utilizando a infraestrutura mais ampla do Facebook.

No entanto, esta mudança não se aplica aos usuários da União Europeia, bem como ao Reino Unido, pois são regidos pela subsidiária WhatsApp Ireland Ltd., que tem uma política de privacidade diferente, em linha com as leis de privacidade do bloco, segundo o portal Business Insider, que citou um porta-voz da empresa de Mark Zuckerberg.

Reinaldo Azevedo: 'nas minhas contas, Bolsonaro já cometeu 22 crimes de responsabilidade'

 


O jornalista Reinaldo Azevedo, ao comentar observação de juristas que veem possível crime de responsabilidade em fala de Jair Bolsonaro sobre eleição de 2022

O jornalista Reinaldo Azevedo, ao comentar observação de juristas que veem possível crime de responsabilidade em fala de Jair Bolsonaro sobre eleição de 2022. “Mais um! Nas minhas contas, já são 22 crimes de responsabilidade”, afirmou o jornalista no Twitter, nesta sexta-feira, 6.


Fala de Bolsonaro

No dia 7 de janeiro, Bolsonaro afirmou que “o pessoal tem que analisar o que aconteceu nas eleições americanas agora. Basicamente, qual foi o problema, a causa dessa crise toda? Falta de confiança no voto. Lá o pessoal votou e potencializaram o voto pelos correios por causa da tal da pandemia e houve gente que votou três, quatros vezes. Mortos votaram. Foi uma festa lá. Ninguém pode negar isso daí”, disse. “Então, a falta desta confiança levou a este problema que está acontecendo lá. E aqui no Brasil, se tivermos o voto eletrônico em 22, vai ser a mesma coisa".

Ainda segundo ele, "a fraude existe. Daí a imprensa vai falar 'sem prova, ele diz que a fraude existe'. Eu não vou responder esses canalhas da imprensa mais. Eu só fui eleito porque tive muito voto em 18. Não estou falando que vou ser candidato ou que vou disputar as eleições". Apesar da afirmação, a suposta existência de fraudes nunca foi provada. 

Crime de Responsabilidade

O advogado Fernando Neisser, membro do Instituto Paulista de Direito Eleitoral (Ipade), considera que as declarações de Bolsonaro ultrapassam a liberdade de expressão na medida em que, pela autoridade do cargo, “arrastam parcelas da população para teorias da conspiração, com efeito grave para a democracia”. Isto é passível de ser enquadrado como crime de responsabilidade.

"O conceito de crime de responsabilidade é mais amplo do que, por exemplo, os que constam no Código Penal, cuja descrição é muito precisa. O objetivo é impedir que o ocupante da cadeira presidencial transborde seus poderes. E quem conduz a eleição é outro Poder, o Judiciário", diz o advogado. 

Passíveis de perda do cargo via processo de impeachment, os crimes de responsabilidade se referem a “atos do presidente da República que atentarem contra a Constituição”. A lista inclui ações que impeçam o livre exercício de outros Poderes ou que violem direitos políticos, individuais e sociais.

Para o jurista Pedro Serrano, especialista em Direito Constitucional, a caracterização de crime de responsabilidade não pode se basear em casos pontuais, mas sim num “ato contínuo” que afronte os dispositivos da lei. Ele reitera, no entanto, que o presidente está sujeito a “restrições na liberdade de expressão” pelo cargo ocupado.

O conhecimento liberta. Saiba mais

Datena sai em defesa de Bonner após ataque de Bolsonaro: "não aceito" (vídeo)


 

Bolsonaro chamou o apresentador do Jornal Nacional William Bonner de "sem vergonha" e "canalha"


O apresentador José Luiz Datena, durante o programa Brasil Urgente da quinta-feira (7), saiu em defesa do jornalista da Rede Globo e apresentador do Jornal Nacional William Bonner após ataques disparados contra ele por Jair Bolsonaro.

Bolsonaro chamou Bonner de "canalha".

“Eu não aceito o termo canalha, e não aceito o termo canalha para a história da imprensa brasileira”, disse Datena. “Se não fosse a imprensa brasileira, hoje a gente não viveria em um país democrático. Eu respeito a minha profissão e meus colegas de trabalho”.

O desabafo de Datena veio logo após comentários do apresentador sobre a invasão ao Capitólio. “Foi um absurdo o que nós vimos, provocado por um cidadão desequilibrado, egocentrista, um apresentadorzinho reles de televisão que se julga Deus”. 

Ele ainda criticou a comparação feita por Jair Bolsonaro relacionando o episódio do Capitólio ao que pode acontecer em 2022 no Brasil. “Eu não entendo porque o presidente Jair Bolsonaro disse isso. Praticamente chamando um golpe para 2022. Isso é um absurdo. Uma comparação esdrúxula. Você devia parar de defender esse cidadão que tem uma mente doentia. Um lunático esse Donald Trump”.