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sexta-feira, 1 de abril de 2022

EUA dizem que teste de míssil balístico intercontinental foi cancelado devido à tensão com a Rússia

 


Os Estados Unidos cancelaram um teste de lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) nuclear Minuteman III que, inicialmente, havia sido adiado.

Porém, devido a tensões nucleares com a Rússia, o teste foi cancelado, segundo confirmou um porta-voz da Força Aérea dos EUA à Sputnik Mundo nesta sexta-feira (31).

"Sim, foi", disse o porta-voz da Força Aérea, quando perguntado se o lançamento havia mudado o status de adiado para cancelado.


A precaução do país vem em meio à operação militar especial da Rússia na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro.
Após a confirmação, a porta-voz da Força Aérea dos EUA, Ann Stefanek, emitiu um comunicado formal a respeito do cancelamento.
O texto argumenta que a revogação do teste ocorreu para evitar má interpretação ou falta de comunicação em relação à operação especial russa.

"O Departamento da Força Aérea cancelou recentemente o voo de teste rotineiramente planejado de um míssil LGM-30G Minuteman III programado para março de 2022. O lançamento havia sido adiado anteriormente devido a uma superabundância de cautela para evitar erros de interpretação ou falta de comunicação [durante a operação especial da Rússia na Ucrânia, que ainda está em andamento] e foi cancelado pelo mesmo motivo. Nosso próximo voo de teste planejado ocorrerá ainda neste ano. O Departamento está confiante na prontidão das forças estratégicas dos Estados Unidos", diz a nota.


Míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado é lançado durante teste de operação na Base Aérea de Vandenberg, Califórnia, 23 de fevereiro de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 01.04.2022
Míssil balístico intercontinental Minuteman III desarmado é lançado durante teste de operação na Base Aérea de Vandenberg, Califórnia, 23 de fevereiro de 2021
No começo de março, o Pentágono havia anunciado a suspensão do míssil.
O lançamento estava programado para o primeiro final de semana do mês passado, mas não foi realizado devido às altas tensões com a Federação da Rússia, onde as forças nucleares foram colocadas em alerta máximo.

"Em um esforço para demonstrar que não temos intenção de participar de ações que poderiam ser mal interpretadas, nosso lançamento de teste do Minutemen III será adiado", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em 2 de março.

Ele acrescentou que os EUA gostariam de ver a Rússia retribuir e adotar mudanças em relação à sua postura nuclear.

Futuro nuclear

Em dezembro, o Departamento de Defesa encomendou ao think tank norte-americano Fundo Carnegie para a Paz Internacional (CEIP, na sigla em inglês), a elaboração de um relatório sobre o futuro do programa de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM) dos EUA.
De acordo com o The Guardian, o think tank apresentaria opções baseadas em três rodadas de consultas virtuais entre funcionários do Pentágono, especialistas em armas nucleares e defensores do controle de armas.
O intuito era que o CEIP desenvolvesse um estudo independente sobre o papel das armas nucleares na defesa dos EUA, segundo a mídia.
À época a meta era de que os estudos acerca do programa resultassem em um relatório, que seria definido até janeiro de 2022 e posteriormente entregue à Casa Branca.

EUA fornecerão assistência militar adicional de US$ 300 milhões à Ucrânia, diz Pentágono

 


EUA fornecerão assistência militar adicional de US$ 300 milhões à Ucrânia, diz Pentágono


Os Estados Unidos fornecerão à Ucrânia assistência militar adicional no valor de US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhão), disse o Departamento de Defesa do país.
Por intermédio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAI, na sigla em inglês), o Departamento de Defesa fornecerá até US$ 300 milhões (R$ 1,4 bilhão) em assistência de segurança para reforçar a capacidade do Exército da Ucrânia.

"Esta decisão destaca o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a soberania e a integridade territorial da Ucrânia em apoio aos seus esforços heróicos", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, sobre a situação da operação militar especial desencadeada pela Rússia no país em 24 de fevereiro.

O presidente Joe Biden já tinha dado indicativos de que esse auxílio estaria a caminho na última segunda-feira (28).
Ele uma declaração pedindo para continuar o investimento de resposta à crise na Ucrânia a fim de apoiar "suas necessidades básicas".

"Estou pedindo um investimento contínuo para responder assertivamente à agressão de [presidente russo Vladimir] Putin contra a Ucrânia com o apoio dos EUA às necessidades econômicas, humanitárias e de segurança da Ucrânia", diz o comunicado.

"Adicionalmente, o orçamento fornece perto de US$ 1 bilhão [R$ 4,8 bilhões] em assistência à Ucrânia para o Departamento de Estado, USAID [Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, na sigla em inglês] e Departamento de Defesa para contrariar a influência maligna russa e para atender às necessidades emergentes relacionadas à segurança, energia, questões de cibersegurança, desinformação, estabilização macroeconômica e resiliência da sociedade civil", continua.
A administração Biden também destinou financiamento para a OTAN e iniciativas semelhantes.

"O orçamento inclui US$ 6,9 bilhões [R$ 33,14 bilhões] para a Iniciativa de Dissuasão Europeia, a Organização do Atlântico do Norte (OTAN), e contrariar agressão russa para apoiar a Ucrânia, a forte parceria dos Estados Unidos com aliados da OTAN, e outros Estados parceiros europeus, aumentando o financiamento para melhorar as capacidades e prontidão das forças dos EUA, dos aliados da OTAN e parceiros regionais, face à agressão russa", disse.

Biden pretende igualmente que o orçamento do ano fiscal de 2023 (de 1º de outubro de 2022 a 30 de setembro de 2023) contenha um dos maiores investimentos de todos os tempos na segurança nacional dos EUA.
Em 24 de fevereiro, a Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia depois que as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk solicitaram ajuda para defendê-las de ataques de tropas ucranianas.
O Ministério da Defesa disse que a operação visa apenas a infraestrutura militar ucraniana e que a população civil não está em perigo.