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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Guarda Revolucionária do Irã recebe 340 lanchas rápidas lançadoras de mísseis (VÍDEO)

 


A grande frota de pequenas lanchas armadas com mísseis e metralhadoras de Teerã tem se tornado uma fonte de problemas para os EUA, com o anterior presidente Donald Trump ameaçando afundar as embarcações.

A Marinha do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) recebeu cerca de 340 novas lanchas rápidas de combate para operações nas águas do sul do país, informa a agência Mehr.

Durante uma cerimônia na segunda-feira (8) na cidade de Bandar Abbas, localizada na margem do estreito estratégico de Ormuz, Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, disse que "com tais características como agilidade, alta manobrabilidade, alto poder de fogo, furtividade, na medida do possível, e muitas outras características, a lancha rápida desempenha um papel insubstituível no mar".

"Construir e usar uma lancha rápida não é algo que outros países não possam fazer, mas o fator que faz desta pequena embarcação um poder insubstituível é um [marinheiro] competente que é responsável por defender e atacar o inimigo", afirmou Bagheri.

O comandante continuou elogiando as crescentes capacidades da Marinha iraniana em mísseis, minas, submarinos e combate de superfície e salientou a importância de o Irã assegurar suas fronteiras marítimas na região do golfo Pérsico.

"A existência de mais de dois terços das reservas mundiais de combustíveis fósseis e o transporte de 20% desses recursos através do estreito de Ormuz tornaram a segurança da população desta região uma questão de grande importância. A Marinha do IRGC tem sido capaz de cumprir sua responsabilidade pela segurança na região", disse Bagheri.

Além de Bagheri, a cerimônia contou com a presença de Hossein Salami, comandante do IRGC, e de Ali Reza Tangsiri, comandante da Marinha do IRGC, bem como outros responsáveis governamentais e militares.

Segurança militar da região

A indústria de defesa do Irã aperfeiçoou a criação de pequenas lanchas rápidas de ataque, com uma variedade de projetos desenvolvidos para maximizar as propriedades hidrodinâmicas das embarcações, reduzir sua seção transversal de radar, permitir a aceleração a velocidades de até 90 nós (mais de 165 km/h) e proporcionar grande poder de fogo com uso de lançadores de foguetes ou mísseis a bordo.

A Marinha da Guarda Revolucionária recebeu mais 112 lanchas de várias classes em maio de 2020, em meio à escalada de tensões com Washington.

A costa do Irã inclui aproximadamente 1.700 quilômetros de águas costeiras no golfo Pérsico e no golfo de Omã, e o país contribuiu com recursos militares e diplomáticos substanciais para defender a área altamente movimentada de incursões estrangeiras.

"O Irã enviou várias vezes mensagens aos Estados litorâneos do golfo Pérsico de que esta região pertence aos Estados litorâneos do golfo Pérsico, e nós somos capazes de estabelecer segurança através da simpatia entre os Estados vizinhos da região", referiu Tangsiri durante o discurso.

Pano de fundo das hostilidades

Após as tensões aumentarem a níveis históricos entre o Irã e os EUA durante a administração Trump (2017-2021), Irã expressou otimismo cauteloso de que a nova administração Biden procuraria amenizar as tensões e voltar a aderir ao acordo nuclear, ou seja, ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) abandonado por Trump em 2018.

No entanto, no domingo (7) o presidente Biden indicou que os EUA não levantariam suas sanções contra Teerã até que o país suspendesse suas atividades de enriquecimento de urânio e voltasse a suas obrigações conforme os termos do JCPOA.

As autoridades iranianas, por sua vez, argumentam que foram os norte-americanos que abandonaram seus compromissos com o tratado, e por isso é Washington que deveria dar os primeiros passos para voltar a aderir ao mesmo, inclusive levantando todas as restrições contra o Irã.

Cientistas militares da Rússia propõem como rebater ataque 'multiesferas' da OTAN

 


Em caso de uma agressão multivetorial da Aliança Atlântica às Forças Armadas da Rússia, Moscou teria um plano para paralisar a operação, afirmam acadêmicos russos.

Cientistas militares russos propuseram uma nova aplicação em combate da Força Aeroespacial da Rússia, que proporcionaria proteção garantida contra um possível ataque da OTAN, revela uma revista especializada russa publicada pelo Centro de Pesquisa e Treinamento Militar da Força Aérea da Rússia.

A OTAN e os EUA desenvolveram um conceito de operações de combate simultâneas em terra, no mar, no ar, no espaço e no ciberespaço. Esse conceito militar dos EUA inclui um ataque aéreo maciço integrado para desativar em poucas horas as forças nucleares inimigas, as unidades mais preparadas para o combate, postos de comando e comunicação, usinas elétricas e outras infraestruturas vitais.

Vladlen Stuchinsky, doutorado em Ciências Militares, e Mikhail Korolkov, candidato em Ciências Militares, observaram em seu artigo que, em caso de tais ataques, a OTAN atacaria o inimigo simultaneamente com mísseis hipersônicos, táticos operacionais e de cruzeiro, usaria drones de ataque e depois a aviação tripulada, a qual quase não sofreria perdas nas operações.

Nesse caso, Stuchinsky e Korolkov sugerem o lançamento de um contra-ataque ou ataque preventivo com a Força Aeroespacial da Rússia, usando todos os meios em um único espaço de reconhecimento e ataque, o que resultaria em danos incomportáveis para o inimigo logo durante o início da agressão.

"Durante a fase inicial da 'operação multiesferas' é necessário o uso coordenado da aviação com veículos aéreos não tripulados, mísseis de diferentes propósitos, meios de guerra eletrônica [e] armas baseadas em novos princípios físicos no âmbito da criação de um sistema de agrupamento de tropas para reconhecimento e ataque", diz a publicação.

Dada a natureza defensiva da doutrina militar russa, os autores consideram a ação preventiva o princípio mais importante para bloquear uma eventual agressão. O fracasso de um ataque integrado da OTAN logo desde o início levaria a liderança do bloco militar a descartar sua continuação, sublinham os autores do estudo.

Nos últimos anos, a Rússia tem expressado repetidamente a preocupação com a atividade sem precedentes da OTAN perto de suas fronteiras ocidentais, que a aliança justifica como tentativa de "contenção da agressão russa". Moscou salienta que a Rússia não representa nenhuma ameaça para ninguém, mas não ignorará ações potencialmente perigosas para seus interesses.

Astrônomos amadores afirmam ter descoberto 2º asteroide 'satélite' da Terra

 


O primeiro asteroide troiano descoberto teve o nome 2010 TK7, acompanhando a Terra perto de sua órbita ao redor do Sol e oscilando em um local dinamicamente estável chamado de ponto lagrangiano.

Um objeto recentemente descoberto que orbita ao redor do Sol da mesma forma que a Terra pode provar ser um asteroide troiano, acreditam astrônomos, escreve a revista Sky & Telescope.

Os asteroides troianos são pedaços de minerais rochosos que compartilham o caminho orbital de corpos celestes maiores em regiões gravitacionalmente estáveis comumente chamadas de pontos lagrangianos. Existem cinco entre a Terra e a Lua, assim como outros cinco entre nosso planeta e o Sol.

O troiano confirmado da Terra, denominado 2010 TK7, tem quase 300 metros de largura, e é o primeiro em sua categoria. O novo objeto, que leva o nome 2020 XL5, e foi observado pela primeira vez em novembro e dezembro de 2020, parece ser semelhante.

Segundo o astrônomo Tony Dunn, que estimou a trajetória do objeto usando o software JPL-Horizons da agência espacial NASA, a rocha gira ao redor do ponto lagrangiano Terra-Sol L4, formando um circuito próximo à órbita de Marte, cruzando também a órbita de Vênus.

A Terra tem um asteroide troiano conhecido, 2010 TK7, mas o recém-descoberto 2020 XL5 é um bom candidato, uma vez que ele se destaca em torno do ponto L4 da Terra, e continuará a fazê-lo por milhares de anos.

De acordo com as simulações de Dunn, durante alguns milhares de anos, o asteroide passará acima e abaixo da área orbital de Vênus, impedindo assim que o planeta interrompa sua órbita.

No entanto, as interações gravitacionais deverão afastar o asteroide do L4 depois de dois mil a quatro mil anos, uma teoria sustentada por simulações feitas por outro astrônomo amador, Aldo Vitagliano, que criou a técnica de determinação orbital Solex e Exorb.

"Posso confirmar que 2020 XL5 é atualmente um troiano terrestre moderadamente estável (quero dizer estável em uma escala de tempo de dois a quatro milênios)", explicou Vitagliano no fórum Minor Planet Mailing List.

O cientista calculou que pelo menos até perto do ano 4500, o 2020 XL5 continuará "se distribuindo em torno do ponto L4."

"O primeiro clone [simulado] salta sobre o ponto L3 por volta do ano 4500, e por volta do ano 6000 muitos deles já fizeram o salto, e alguns deles estão girando ao redor do ponto L5", explicou.

Os objetos espaciais são destinos potencialmente promissores para viagens espaciais, pois acredita-se que estejam carregados de elementos raros na superfície da Terra, como o Psique 16, que ultrapassa em muito o valor da economia do nosso planeta.