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terça-feira, 3 de agosto de 2021

Almirante dos EUA revela em que caso navios da OTAN poderiam atacar forças russas

 


Almirante Robert Burke, comandante das Forças da Marinha dos EUA na Europa e África, disse em que situação as forças da OTAN abririam fogo contra navios russos no mar Negro.

De acordo com o militar de alto escalão, quando uma aeronave estrangeira conduz um voo perto de destróieres da OTAN, os próprios comandantes devem avaliar se a aeronave está se preparando para atacar ou não.

"Os aliados e parceiros da OTAN que operam sozinhos nessa área são constantemente seguidos por navios russos, e em geral, essas interações são seguras e profissionais, embora se destinem a intimidar", afirmou Burke em um evento comemorativo da Marinha dos EUA, relata portal Business Insider. 

Forças russas e da OTAN operam frequentemente em estreita proximidade. A Rússia relata regularmente interceptações de aeronaves da Aliança Atlântica perto de suas fronteiras.

"Quando um avião de ataque sobrevoa um destróier a 100 pés de altitude [cerca de 30 metros] mesmo por cima, nossos [oficiais de comando] fazem uma avaliação se o caça está em um perfil de ataque ou não. Poderíamos pensar que eles estão nos atraindo para atirar primeiro. Nós não faríamos isso sem provocação, mas também não vou pedir aos meus comandantes para levarem o primeiro tiro no queixo", disse o almirante dos EUA.

Burke observou ainda que a Rússia tem modernizado significativamente suas Forças Armadas, especialmente os submarinos, obtendo informações úteis das guerras dos EUA no Iraque e no Afeganistão.

No final de junho, as forças da OTAN realizaram várias provocações ao largo da costa da Crimeia. Em 23 de junho, o destróier britânico Defender atravessou a fronteira marítima russa perto da península.

Na ocasião, um navio da guarda fronteiriça russa emitiu vários avisos e depois disparou tiros de advertência, enquanto um avião Su-24M realizou um bombardeio de advertência no sentido do percurso do navio.

Irã adverte que responderá 'imediata e fortemente' a qualquer provocação após ataque a petroleiro

 


Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, convidou os EUA e o Reino Unido a fornecer evidências de que o país persa seria responsável pelo incidente com o Mercer Street.

As alegações dos EUA e do Reino Unido de haver uma suposta culpa iraniana no recente ataque a um petroleiro pertencente a oligarca israelense são "sem fundamento" e "provocatórias", e Teerã responderá "imediata e fortemente" a quaisquer provocações contra seus interesses, disse Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã.

Falando na segunda-feira (2) à Agência de Notícias de Estudantes do Irã, Khatibzadeh acusou Antony Blinken, secretário de Estado norte-americano, de repetir falsas alegações de Dominic Raab, ministro das Relações Exteriores britânico, sobre o suposto envolvimento iraniano no ataque de quinta-feira (29) ao petroleiro Mercer Street, e disse que a declaração de ambos os funcionários continha "acusações contraditórias, falsas e provocatórias".

O Irã "lamenta profundamente" e "condena fortemente" ambos os países por suas alegações, acrescentou o porta-voz.

Khatibzadeh sublinhou que o Irã defende a segurança da navegação no golfo Pérsico e em todas as águas internacionais, e que a República Islâmica, como o país com maior fronteira marítima com o Golfo, está sempre disposta a cooperar para garantir a segurança marítima com outros países da região. Saeed Khatibzadeh também reiterou que Teerã rejeita as intervenções nessa área de potências não regionais e que sua presença é prejudicial à estabilidade e segurança.

"É uma pena que esses países, enquanto permaneceram em silêncio diante de ataques terroristas e sabotagem de navios mercantes iranianos no mar Vermelho e em águas internacionais, fizeram falsas acusações contra a República Islâmica, em um claro [sinal de] parcialidade política", declarou o alto funcionário iraniano, sugerindo que se o Reino Unido e os EUA têm alguma prova real do envolvimento iraniano no ataque ao Mercer Street, eles devem fornecer essa evidência imediatamente.

O petroleiro foi atacado na noite de quinta-feira (29) no mar Arábico, o que resultou na morte do capitão romeno e um segurança britânico. No domingo (1º), mídia israelense escreveu que Londres e Washington deram luz verde a Tel Aviv para retaliar Irã em resposta ao incidente.


Marinha dos EUA: para Ártico não se tornar contestado é preciso colaboração, 'mesmo com os russos'

 


A Marinha norte-americana sugeriu que os EUA aumentem sua presença e realizem parcerias internacionais no Ártico, particularmente com a Rússia, que está "reforçando" exercícios regionais.

É necessário que Washington desenvolva parcerias no Ártico para assegurar que a região não se torna uma zona disputada, afirmou na segunda-feira (2) Andrew Lewis, vice-almirante e comandante da 2ª Frota da Marinha dos EUA, durante a Exposição Mar-Ar-Espaço de 2021 da Liga da Marinha.

"O Ártico é uma área de colaboração, mas só permanecerá uma área de colaboração se continuarmos construindo essas relações, mesmo com os russos. Temos que trabalhar juntos porque o ambiente é muito, muito desafiador [...] e o ambiente está mudando", disse Lewis, que também chefia o Comando de Forças Conjuntas Norfolk da OTAN, em referência às mudanças climáticas na área do polo Norte.

Para isso, o militar sugeriu que os EUA aumentem sua presença na região.

"[...] Se não estivermos presentes lá, e se não continuarmos construindo essas parcerias, será um espaço contestado", disse Lewis, apontando que, se os norte-americanos não marcarem presença, eles cederão o espaço "aos russos ou a alguém diferente".

A força norte-americana planejada para operar no Ártico é a Guarda Costeira, mas é possível realizar parcerias por outros ramos militares ou navais, referiu Andrew Lewis. Atualmente, a Guarda Costeira dos EUA colabora estreitamente com as 2ª, 3ª e 5ª Frotas da Marinha do país.

Em janeiro de 2021, a Marinha dos EUA publicou uma estratégia para o Ártico, fixando como um dos objetivos "operar mais assertivamente" na região devido à Rússia estar "reforçando" os exercícios regionais, o mesmo se aplicando à China, que nas "próximas décadas" aumentará sua atividade naval "nas águas do Ártico".

Os EUA têm intensificado sua presença no Ártico nos últimos anos. O porta-aviões Harry S. Truman operou no mar da Noruega em 2018, sendo a primeira vez que um navio norte-americano desse tipo esteve no Ártico desde 1991. Além disso, em maio de 2021, quatro embarcações da Marinha norte-americana navegaram no mar de Barents, entre a Noruega e a Rússia, a primeira vez que um navio de superfície dos EUA entrou neste mar desde meados dos anos 1980.