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sábado, 27 de novembro de 2021

Rússia responderá se alguém tentar testar sua defesa, diz embaixador russo nos EUA


 

Anatoly Antonov, embaixador russo no Estados Unidos, falou sobre a relação diplomática e política entre Moscou e Washington, incluindo a manutenção das sanções impostas pelos EUA à Rússia


O governo norte-americano não retirou as sanções aplicadas à Rússia apesar de as acusações de envolvimento de Moscou nas eleições presidenciais de 2016 do país norte-americano terem sido refutadas, disse Anatoly Antonov, embaixador russo em Washington, EUA.
"O ‘castelo de cartas' das acusações sobre a intromissão nas eleições já se desmoronou, apareceram pessoas que falam justamente o contrário sobre o que aconteceu em 2016", comentou Antonov em vídeoentrevista ao Solovyov Live, canal russo no YouTube.
Ele ressaltou que "a política de sanções não muda, as sanções não estão sendo retiradas", enquanto políticos norte-americanos falam a favor de introduzir novas sanções.
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Por causa disso, 27 diplomatas russos terão de abandonar os EUA no início de 2022, referiu o diplomata.

"Estão expulsando nossos diplomatas. Em 30 de janeiro sairão de cá [dos EUA] 27 pessoas com suas famílias, e em 30 de junho saíra um número semelhante", informou o embaixador da Rússia. As esposas dos diplomatas estão perdendo acreditação e os filhos começaram a deixar de receber vistos, uma política que viola a posição oficial de defesa das famílias dos EUA, mencionou Anatoly Antonov.

Além disso, o embaixador da Rússia apontou possíveis passos ameaçadores da Aliança Atlântica e aliados nas fronteiras com a Rússia.

"Há quem diga que pode aparecer uma cabeça desesperada na Ucrânia ou um grupo de combatentes que tentará testar a firmeza da defesa russa, esperando que não vamos responder, que teremos medo do potencial da OTAN", afirmou, sublinhando que tal posição "é um equívoco muito perigoso".

'Rússia é a ameaça mais aguda', afirma chefe do Estado-Maior do Reino Unido

 


Nick Carter, general e chefe do Estado-Maior das Forças Armadas britânicas, falou ao jornal The Telegraph dizendo que a Rússia está na sua lista de prioridades


A Rússia é a ameaça mais aguda à segurança nacional do Reino Unido, afirmou Nick Carter, chefe do Estado-Maior britânico.

"Me tornei chefe do Exército no verão [europeu] de 2014, e estávamos discutindo na época se a ameaça era do extremismo violento ou se era uma ameaça estatal da Rússia. Nessa época, o argumento do extremismo violento ganhou por pouco. Mas depois, em 2018, tivemos o ataque à família Skripal em Salisbury e se tornou demasiado óbvio que a Rússia era a ameaça mais aguda ao nosso país", disse ele, citado na sexta-feira (26) em uma entrevista ao jornal The Telegraph.

Segundo Carter, "a Rússia é a ameaça mais aguda e gerir isso está no topo da minha lista. Está na lista de prioridades de topo do conselheiro de Segurança Nacional", atualmente Stephen Lovegrove.
Soldado do regimento britânico Scots Dragoon Guards ao lado de um tanque Challenger 2 em Basra, no sul do Iraque - Sputnik Brasil, 1920, 26.11.2021
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O general sublinhou que as ameaças relativas à Rússia e à China não são de caráter convencional.

"A forma com que as ameaças surgem hoje, não são bem uma ameaça convencional; são mais o que eu chamo de atividade na zona cinzenta, onde os adversários veem o mundo como uma luta contínua, na qual todos os instrumentos de poder podem ser usados, desde que não tragam uma guerra quente", acrescentou o militar, que em breve deixará seu posto.

Sergei Skripal, ex-oficial de inteligência russo, e sua filha, foram envenenados em março de 2018 na cidade britânica de Salisbury. Londres acredita que a Rússia teve um papel no que chamou de tentativa de assassinato, mas Moscou nega essa acusação. Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, disse que não há evidências que incriminem o Estado russo.


EUA podem reduzir número de exercícios na Europa para evitar confrontação com Moscou, diz mídia

 


Tendo em conta a tensão na fronteira Rússia-Ucrânia, a administração do presidente Joe Biden está considerando várias opções, incluindo a possibilidade de reduzir os exercícios militares na Europa, a fim de evitar um confronto com Moscou, escreve Wall Street Journal citando autoridades norte-americanas.


De acordo com as informações do jornal, uma das opções que está sendo ponderada pela administração dos EUA é o reforço da capacidade de defesa da Ucrânia, incluindo o aumento do fornecimento de equipamentos militares, em particular sistemas antiaéreos. Esta opção implica também a introdução de sanções mais severas contra a Rússia.

Segundo avança a edição, outro possível plano de ações é "reduzir o risco de confrontação com Moscou, inclusive limitando o número de exercícios militares dos EUA na Europa".

Estes exercícios, conforme observa a mídia, continuam a provocar críticas das autoridades russas. Tal opção implica também a suspenção da ajuda militar americana a Kiev.
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Recentemente, o governo britânico oficializou uma venda de material militar à Ucrânia, que Kiev poderá adquirir através de um empréstimo de 1,7 bilhão de libras esterlinas (R$ 12,78 bilhões).

Além da construção de dois navios antiminas, é planejada a produção conjunta de oito navios de guerra armados com mísseis e de uma fragata, destinados à Ucrânia. Londres também revelou que construiria uma base naval no mar de Azov e atualizaria alguns dos sistemas de armas dos navios.