O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes denunciou, nesta quarta-feira, 27, que há uma tentativa de “milícias digitais” para coagir a imprensa. Segundo ele, isso fere a liberdade de imprensa.
“A liberdade de imprensa não é construída por robôs, o que é construído por robôs são as fake news”, disse. “Ao agredir os jornalistas, ao possibilitar que essas milícias digitais, se permitirmos isso, o que nós estaremos permitindo é um ataque à liberdade de imprensa”, afirmou.
“Hoje o que me parece é que essas milícias digitais, essas criminosas associações que se transformaram em milícias digitais nas redes, o que vêm fazendo e o que pretendem fazer é coagir a imprensa tradicional e os jornalistas tradicionais na sua liberdade de manifestação, na sua liberdade de crítica”, afirmou o ministro.
Moraes ainda disse que "não podemos nos enganar nas coisas que aparentemente são difusas para coibir um dos pilares da democracia que é a liberdade de imprensa”.
“Estamos vivendo um momento extremamente preocupante em relação à liberdade de imprensa, não por atos formais governamentais de censura prévia, mas por algo muito mais perigoso, é algo que não é escancarado, a ameaça virtual e presencial a jornalista que venha a afetar a produção das ideias”, destacou.
O ministro participou de um seminário sobre “Liberdade de imprensa - Justiça e Segurança dos jornalistas”, que foi realizado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O evento contou com o apoio da ESPM e da Faculdade de Direito da USP.
Ele é responsável pelo inquérito do Supremo que apura ataques e fake news contra a Corte, aberto em 2019 pelo presidente do STF, Dias Toffoli. No âmbito do inquérito, a Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 29
mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais estão sendo cumpridas no Distrito Federal, em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Paraná, em Santa Catarina e no Mato Grosso.
O ministro também mandou o ministro da Educação, Abraham Weintraub,
prestar depoimento à PF por ter chamado os integrantes da corte de "
vagabundos" na reunião ministerial de 22 de abril, e que, por ele, botaria todos na prisão e
apontou seis crimes cometidos pelo ministro.
Assim como o decano do STF, Celso de Mello, que lidera inquérito sobre possível intervenção de Jair Bolsonaro na PF, Moraes também está sendo
alvo de ataques bolsonaristas. A militante bolsonarista Sara Winter, usou suas
redes sociais para ameaçá-lo. Ela chamou-o de “filho da puta”, disse que irá cobri-lo de “porrada” e ressaltou: “vamos descobrir os lugares que o senhor frequenta".
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