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segunda-feira, 13 de julho de 2020

Hubble tira FOTO de galáxia com 'núcleo' vazio a 67 milhões de anos-luz de distância



O telescópio Hubble, que em breve deverá ser substituído pela NASA, fez uma nova descoberta, encontrando uma galáxia com aspecto diferente de grande parte de todas as conhecidas.

O Telescópio Espacial Hubble da NASA, a agência espacial norte-americana, capturou uma galáxia única, chamada NGC 2775, a uma distância de 67 milhões de anos-luz.
A maior parte das galáxias, incluindo a Via Láctea, tem braços mais angulados e distintos, em que as estrelas e o gás são comprimidos. No entanto, a NGC 2775 tem uma forma mais redonda, com uma "protuberância relativamente vazia e clara no centro da galáxia", escreve o jornal Business Insider.
"Quando era mais jovem, a região no meio da galáxia estava provavelmente explodindo com a atividade, à medida que o gás se condensava em estrelas recém-nascidas. Agora, no entanto, todo o gás parece estar esgotado", comenta o jornal.
Como resultado, a galáxia parece estar formando poucas estrelas agora.

As imagens fornecidas pelo telescópio Hubble, o mais poderoso da NASA, têm sido importantes para o desenvolvimento da astronomia desde que foi implantado em 1990, particularmente na área dos buracos negros.
Com uma potência ainda maior, o novo Telescópio Espacial James Webb, também desenvolvido pela agência espacial norte-americana, deve fortalecer ainda mais nosso conhecimento espacial, tendo uma data de lançamento planejada para 30 de março de 2021.

Fogo na Amazônia e crise do coronavírus: analistas preveem Brasil isolado



Enquanto as críticas internacionais se acumulam, os líderes brasileiros afirmam não entender. A Sputnik Brasil ouviu analistas para discutir as possíveis consequências do isolamento do Brasil na arena global.

Após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmar que a pandemia o coronavírus não passava de uma "gripezinha" e que ele não corria risco por seu "histórico de atleta", o Brasil tem um dos dos piores registros no combate ao coronavírus. O país é o segundo em todo o mundo com mais casos e mortes de COVID-19, atrás apenas dos Estados Unidos.
pauta ambiental também traz dores de cabeça ao Palácio do Planalto. O desmatamento cresceu pelo 14º mês consecutivo na Amazônia em julho, Bolsonaro já demitiu o cientista Ricardo Galvão, então diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por divulgar dados sobre a devastação ambiental e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi gravado afirmando durante a reunião ministerial de 22 de abril que o foco da imprensa na pandemia deveria ser aproveitado para "passar o trator".

© AP PHOTO / LEO CORREA
Pedaços de troncos de árvores da Amazônia derrubadas ilegalmente na reserva Renascer, no Pará
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a imagem nacional está "muito ruim" no exterior. Em videoconferência com empresários em junho, o homem-forte da economia disse não acreditar que o Brasil caminha para uma recessão, mas sim para uma recuperação. Ao contrário de Guedes, o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o PIB brasileiro encolherá 9,1% em 2020. O Banco Central também aponta para uma retração, embora menor: 6,4%.
"Estão na verdade disfarçando velhas teses protecionistas contra o Brasil, jogando pecha independentemente de haver embasamento factual ou não", disse Guedes. 
Para os analistas ouvidos pela Sputnik Brasil, o que se aproxima é, na realidade, um afastamento dos outros países e empresas do Brasil por conta dos rumos do país. 
O professor de História e Políticas Públicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Roberto Santana ressalta que existe um "consenso" internacional sobre a importância da agenda ambiental e que o Brasil perdeu a importância que tinha na discussão desta pauta.
"O aumento das queimadas na Amazônia, o avanço do garimpo ilegal, do agronegócio sobre a Amazônia, e os ataques, inclusive com assassinatos de populações tradicionais, principalmente povos indígenas. Isso é muito nocivo para a imagem do país no exterior, isso retira o Brasil de uma condição de grande ator nas discussões sobre as questões ambientais internacionais", afirma Santana.
Com esta situação, diz o professor da UERJ, marcas e países já começam a se afastar do Brasil e um dos sintomas deste quadro é o acordo entre União Europeia e Mercosul. Santana ressalta a resistência dos europeus, principalmente da França, em ratificar a parceria por conta das cláusulas ambientas presentes no acordo. 
Representantes da Alemanha, Bélgica, França e Hungria já expressaram reservas sobre o acordo entre os dois blocos. 
"O Brasil já está perdendo muito em matéria de comércio internacional e relações diplomáticas devido a essa condução desastrosa tanto na pauta ambiental quanto no combate ao coronavírus", diz Santana.
O professor da UERJ também afirma que a previsão de Guedes sobre a retomada econômica do país "não tem a menor relação com a realidade" e que a recessão econômica global que acontecerá por consequência da COVID-19 será mais forte no Brasil. 

China já cancelou compra de carne brasileira

O professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Fernando Brancoli também acredita que as escolhas políticas de Bolsonaro trarão prejuízo ao país. Para ele, tanto a ausência de políticas públicas quanto a defesa da cloroquina, medicamento sem eficácia comprovada, mostram a "incapacidade" do governo em lidar com a pandemia. 
O analista também relembra a decisão da China de suspender as importações de determinados frigoríficos brasileiros após o registro do aumento de casos de COVID-19 entre os trabalhadores do setor. 
"A gente pode argumentar que isso pode transbordar para outros pontos, em parte também porque o que tem sido visto, principalmente na Europa, é de que a incapacidade do governo Bolsonaro de lidar com a pandemia é um reflexo maior de uma certa incompetência generalizada do governo", afirma Brancoli.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik

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EUA enviam avião de vigilância a base no Japão em meio a tensões na península coreana (FOTO)



Washington enviou uma aeronave de vigilância para uma de suas bases aéreas no Japão, segundo dados de um portal de monitoramento, para conduzir possíveis missões perto da península coreana.

Avião RC-135S Cobra Ball decolou da base da Força Aérea de Offutt, localizada no estado de Nebraska, EUA, tendo como destino a base norte-americana de Kadena, no Japão, segundo informou o portal de rastreamento Aircraft Spots sem fornecer detalhes sobre a hora do voo.
No sábado (11), o mesmo portal avançou que uma aeronave de vigilância RC-135U Combat Sent dos EUA partiu da base de Kadena para uma missão no mar do Japão (também conhecido como mar do Leste), avança agência Yonhap.
​Avião da Força Aérea dos EUA RC-135S [...] partiu da base aérea de Offutt, no Nebraska, para a base de Kadena, em Okinawa [no Japão]. Um posicionamento curioso!
Nos últimos meses, aviões de reconhecimento dos EUA têm sido frequentemente avistados perto da península coreana em meio ao aumento de tensões com a Coreia do Norte.
Os voos foram realizados devido ao aumento das tensões por parte da Coreia do Norte, que ameaçou enviar tropas para a região fronteiriça e abolir o acordo intercoreano de redução das tensões como retaliação após o lançamento por Seul de 500.000 balões com panfletos anti-Pyongyang através da fronteira entre os dois países.

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Imunidade à COVID-19 pode durar poucos meses, aponta estudo no Reino Unido



Nível de anticorpos de paciente de COVID-19 diminui drasticamente três meses após a infecção, aponta estudo que poderia "bater o último prego no caixão" do conceito de imunidade de rebanho.

Pacientes infectados com a COVID-19 podem perder sua imunidade após poucos meses, apontou estudo da King's College London.
Para os pesquisadores, existem evidências de que o novo coronavírus possa infectar pessoas anualmente, de maneira análoga aos resfriados, reportou o The Guardian. 
Cientistas analisaram a resposta imunológica de mais de 90 pacientes e agentes de saúde infectados pelo novo coronavírus, em primeiro estudo abrangente dessa natureza.
As descobertas apontam que o número de anticorpos em pacientes infectados atinge um pico cerca de três semanas após a infecção, mas declinam de maneira significativa posteriormente.

© AFP 2020 / CARL DE SOUZA
Paciente com COVID-19 é tratado no Hospital Oceânico, em Niterói, no Rio de Janeiro, 22 de junho de 2020
Amostras de sangue revelaram que, enquanto 60% dos pacientes produziram quantidades "potentes" de anticorpos durante o pico da doença, somente 17% deles mantiveram essa potência nos três meses seguintes.
Durante esse período, a quantidade de anticorpos declinou em até 23 vezes. Em alguns casos, tornou-se indetectável.
"As pessoas estão produzindo uma quantidade significativa de anticorpos, mas há uma queda após um curto período. O tamanho do pico [do paciente] é que vai determinar o período que os anticorpos vão permanecer no corpo", disse a coordenadora do estudo e pesquisadora da King's College London, Katie Doores.
As descobertas do estudo terão implicações para o desenvolvimento de vacinas e para as metas de "imunidade de rebanho" de comunidades.
O sistema imunológico combate o novo coronavírus de diversas formas, mas, caso os anticorpos sejam realmente a primeira linha de defesa, o estudo coloca em dúvida a eficácia de uma vacina e sugere a possibilidade de reincidência de infecção.

© REUTERS / TINGSHU WANG
Pessoas com máscaras protetoras em estação de metrô da capital chinesa, Pequim, 15 de junho de 2020
"A infecção produz o melhor cenário possível, em termos de produção de anticorpos. Logo, se a infecção produz uma resposta imunológica que vai durar de dois a três meses, a vacina provavelmente terá o mesmo efeito", disse Doores.
"As pessoas poderão precisar de reforços, e uma só dose [de vacina] pode não ser suficiente", apontou a pesquisadora.
Vacina desenvolvida na Universidade de Oxford foi capaz de gerar menos anticorpos em macacos do que o corpo humano é capaz de produzir durante uma infecção pelo novo coronavírus.
Ainda que a vacina tenha sido capaz de proteger os animais de um quadro grave, eles ficaram suscetíveis a infecções e capazes de propagar o vírus.
O pesquisador Robin Shattock, da Imperial College London, alertou que "não há certeza" de que uma vacina possa funcionar, uma vez que ainda não está claro qual o tipo de resposta imunológica necessária para prevenir o vírus, reportou a Sky News.

© SPUTNIK / ALEKSEI MAISHEV
Agente de saúde cuida de paciente na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Filatov de Moscou, na Rússia, 21 de maio de 2020
O estudo publicado pela King's College, no entanto, é o primeiro a monitorar o nível de anticorpos em pacientes três meses após a cura. Os cientistas analisaram resultados de testes de 65 pacientes e seis agentes de saúde que testaram positivo para o novo coronavírus, além de 31 membros da instituição de ensino, que se voluntariaram para realizar testes regulares de anticorpos.
O estudo, que foi enviado para uma revista científica para publicação, mas ainda não foi revisado pela comunidade científica, revela que o pico de produção de anticorpos foi maior em pacientes que enfrentaram formas graves da doença. Esses pacientes também ficaram imunes ao novo coronavírus por mais tempo.
Existem quatro tipos de coronavírus em circulação, além do causador da COVID-19. "Uma coisa que sabemos sobre esses coronavírus é que uma pessoa pode ter reinfecção com uma frequência significativa", disse um coautor do estudo, Stuart Neil.
"Isso pode significar que a imunidade gerada pelas pessoas não é duradoura. Parece que o SARS-CoV-2, que causa a COVID-19, segue o mesmo padrão dos demais", disse Neil.
Para o virologista da Universidade de Cambridge Jonathan Heeney, o estudo confirma as evidências já disponíveis de que a imunidade contra o novo coronavírus não dura muito.

© FOLHAPRESS / AGIF
Letreiro indica restaurante aberto no centro de São Paulo, na segunda-feira (6). Bares, restaurantes e salões de belezas reabrem na cidade com horário de atendimento, lotação limitados e cumprindo regras sanitárias para conter o avanço da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus
"E o mais importante: isso martela o último prego no caixão do perigoso conceito de 'imunidade de rebanho'", sentenciou.
"Não tenho como frisar mais o quão importante é que o público compreenda que se infectar com o vírus não é uma coisa boa. Uma parte das pessoas, principalmente os mais jovens, estão começando a flertar com a ideia de se infectar, achando que isso seria uma contribuição à imunidade de rebanho."
Heeney alerta que, ao se infectarem, os jovens estão "não só colocando suas próprias vidas e as dos demais em risco", mas ainda arriscam ter "doenças pulmonares mais severas, caso venham a se infectar novamente" no futuro.
O novo coronavírus já infectou quase 13 milhões de pessoas e fez 569.666 vítimas fatais globalmente, de acordo com a Universidade Johns Hopkins (EUA). Os países com maior número de casos são EUA, Brasil, Índia e Rússia.

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