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quarta-feira, 21 de julho de 2021

Após teste de Tsirkon, Pentágono diz que mísseis hipersônicos da Rússia são 'desestabilizadores'

 


A Rússia testou no início da segunda-feira (19) o míssil hipersônico Tsirkon a mais de 350 quilômetros de distância, com o Pentágono crendo que isso acarreta "riscos significativos".

O Departamento de Defesa dos EUA está ciente do teste russo de seu míssil supersônico Tsirkon que ocorreu no início do dia, e o considera uma atividade desestabilizadora, disse na segunda-feira (19) John Kirby, porta-voz do Pentágono.

"Certamente, estamos cientes das reivindicações do presidente [russo Vladimir] Putin", disse Kirby em um briefing de imprensa, em referência aos sistemas de mísseis hipersônicos.

"É importante notar que os novos mísseis hipersônicos da Rússia são potencialmente desestabilizadores e representam riscos significativos, porque são sistemas com capacidade nuclear".

No início da segunda-feira (19) o Ministério da Defesa da Rússia disse que a fragata russa Admiral Gorshkov disparou com sucesso um míssil hipersônico Tsirkon contra um alvo terrestre localizado a uma distância de mais de 350 quilômetros.

"Nas águas do mar Branco, a fragata do projeto 22350 Admiral Gorshkov disparou um míssil hipersônico Tsirkon contra um alvo terrestre localizado na costa do mar de Barents", anunciou o Ministério da Defesa da Rússia em um comunicado.

"Segundo dados de controle objetivo, o míssil Tsirkon atingiu o alvo com um impacto direto a uma distância de mais de 350 quilômetros", indica.

As características táticas e técnicas do míssil Tsirkon foram confirmadas nos testes, e a velocidade de voo superou em cerca de sete vezes a velocidade do som. O Tsirkon pode atingir a velocidade máxima de Mach 9 (11.016 km/h).

Testes dos mísseis hipersônicos

Uma fonte disse à Sputnik em maio que a Rússia concluiria os testes Tsirkon para navios de superfície até o final do verão de 2021, enquanto os testes estatais do sistema de mísseis para lançamento de superfície e submarino deveriam estar concluídos até o final de 2021.

Em janeiro de 2021 Aleksei Krivoruchko, vice-ministro da Defesa russo, previu que os testes estatais do míssil hipersônico Tsirkon culminariam em 2021 com lançamentos de submarinos, abrindo o caminho para a produção em série para a Marinha da Rússia em 2022.

Em 2020 foram realizados três lançamentos de testes de Tsirkon a partir da fragata Admiral Gorshkov, durante os quais dois atingiram alvos marítimos e um atingiu um alvo terrestre.

Premiê de Israel apela a outros países para criarem juntos escudo global de defesa cibernética

 


O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, instou outras nações a se juntarem ao Estado hebraico na criação de uma plataforma internacional que consiga proteger de ataques cibernéticos.

Segundo referiu o premiê israelense durante uma conferência em Tel Aviv, um escudo cibernético global seria a melhor defesa contra hackers, informa a agência Bloomberg.

"Se tentar e lutar sozinho, perderá [...] Se lutarmos juntos, venceremos", afirmou Bennett, classificando as ameaças cibernéticas como uma das maiores ameaças à segurança nacional de Israel.

É importante sublinhar que Israel é líder mundial no desenvolvimento de tecnologia para proteção de redes digitais. Na verdade, a ocorrência frequente de ataques cibernéticos contra o Estado judeu faz com que o país necessite se desenvolver nessa direção. De igual modo, também é comum seus principais aliados sofrerem ataques dessa natureza.

Nos últimos três meses, os EUA sofreram ataques cibernéticos que criaram o caos em hospitais, paralisaram o maior gasoduto do país, Colonial Pipeline, e um grande fornecedor de carne, JBS, atingiram centenas de outras empresas.

"Tudo está sob ataque: nossa água, nossa eletricidade, nossa comida, nossos carros [...] Por quê? Por que é fácil e nunca foi tão fácil", declarou Bennett, citado pela mídia.


 

Governo do México contratou software Pegasus para espionagem por US$ 32 mi entre 2012 e 2018

 


Segundo o diretor da Unidade de Inteligência Financeira do México, o governo fez uso do software de espionagem pagando quantia milionária para obtê-lo. O caso será entregue à Procuradoria-Geral da República.

O governo mexicano, durante a gestão do ex-presidente Peña Nieto, de 2012 a 2018, contratou no mesmo período o Tech Bull Group para adquirir tecnologia de espionagem, que inclui um contrato do software Pegasus por US$ 32 milhões (R$ 167 milhões), que foram transferidos para o NSO Group, empresa israelense responsável pelo desenvolvimento do software.

As informações foram confirmadas em uma coletiva de imprensa hoje (21) efetuada pelo diretor da Unidade de Inteligência Financeira do México, Santiago Nieto.

"O Tech Bull Group contratou, durante 2014, com a Procuradoria-Geral da República [...] o software Pegasus, um malware para fins de espionagem telefônica em um contrato de R$ 32 milhões, desenvolvido pela empresa israelense NSO Group, para a qual os recursos acabaram sendo repassados" ​​disse Nieto.

​As informações sobre os contratos relativos ao caso Pegasus, que se encontram nos arquivos do governo federal, serão entregues à Procuradoria-Geral da República (FGR, na sigla em espanhol), de acordo com o diretor.

Nieto também revelou informações sobre outras compras de equipamentos e tecnologia às empresas Aeronautic Ltd, Aerocentinel Ltd entre outras firmas que receberam recursos do Tech Bull Group, o qual também enviou dinheiro "para outras companhias em Israel e na Itália, onde essas empresas estão sediadas".

Ontem (20), o presidente do México, López Obrador, disse ser "vergonhoso" que tenha sido espionado pelo governo anterior (de Peña Neto), conforme noticiado.

Segundo Obrador, "os governos anteriores possuíam equipamentos sofisticados para ouvir todos os telefonemas, não só da pessoa que era alvo, mas de todos ao seu redor, é claro que me espiaram por um ou dois anos, muitos mais [...]".

No domingo (18), veio à tona uma investigação aprofundada realizada por 17 grandes organizações de notícias internacionais afirmando que a firma cibernética israelense, NSO Group, vendeu malware de celular usado para atingir jornalistas, ativistas e políticos em mais de 50 países.

O malware é capaz de espionar o celular, monitorando remotamente as comunicações de SMS, voz e vídeo, e coletando informações de localização GPS.