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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Israel pretende reforçar sua defesa antiaérea ante crescente ameaça de drones do Irã

 


As Forças de Defesa de Israel (FDI) estão trabalhando para aumentar significativamente suas defesas antiaéreas, particularmente no norte do país, ante a crescente ameaça de drones iranianos que vêm inundando o Oriente Médio nos últimos anos.

Em dois anos, as FDI pretendem ter uma cobertura defensiva completa e permanente sobre o espaço aéreo do norte de Israel, planejando, posteriormente, expandir essa defesa a todo o país, informa The Times of Israel.

Atualmente, a Força Aérea israelense, encarregada de defender o espaço aéreo do Estado judeu, possui vários sistemas fixos de defesa antiaérea em várias partes do país, que são complementados com baterias móveis nos tempos de elevada tensão, ou quando são esperados ataques.

As FDI se veem cada vez mais forçadas a enfrentar veículos aéreos não tripulados de grande e pequeno porte. Por outro lado, essa tecnologia também se tem tornado cada vez mais acessível para grupos terroristas.
Caças da Força Aérea de Israel e da Alemanha
Caças da Força Aérea de Israel e da Alemanha

 

Contudo, combater ataques de drones é particularmente complicado, uma vez que esses aparelhos são mais difíceis de detectar do que aeronaves tripuladas comparativamente maiores, e voam a altitudes mais baixas e com padrões de voo menos previsíveis do que os foguetes, explica a matéria.

As autoridades israelenses apontam o suposto ataque devastador do Irã às instalações petrolíferas Aramco da Arábia Saudita, que foi conduzido com drones e mísseis de cruzeiro em 2019, como uma chamada de atenção para a gravidade da ameaça representada por essas armas.

Segundo The Times of Israel, parece que essa ameaça vem crescendo na região, pois a República Islâmica exportou drones para seus aliados houthis no Iêmen, para seus apoiadores na Síria e no Iraque e para o grupo libanês Hezbollah, que é considerado a principal ameaça militar pelas FDI. Alguns desses drones têm alcance de milhares de quilômetros e outros têm capacidade furtiva, que se suspeita o Irã teria roubado de alguns modelos norte-americanos de tais armas.
Novo drone de combate e reconhecimento Gaza é exibido em um local não revelado no Irã
© AP PHOTO / SEPAHNEWS VIA AP
Novo drone de combate e reconhecimento Gaza é exibido em um local não revelado no Irã

No mês passado, o ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, revelou a localização de uma base aérea iraniana que, segundo ele, foi utilizada para treinar apoiadores regionais de Teerã para operarem drones avançados.

Para melhorar as capacidades dos militares em detectar drones, a Força Aérea de Israel está adquirindo antenas de radar adicionais para serem instaladas no norte do país, reportou a mídia.

A maior parte dos fundos para este esforço de segurança já foi alocada, sendo parte deles proveniente de um acordo negociado, no final de 2019, entre os ministérios da Defesa, da Energia e das Finanças.


Tensão entre China e EUA aumenta após Blinken pedir apoio das Nações Unidas a Taiwan

 


Pequim protestou perante Washington contra os comentários do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmando que sua declaração pode levar a perturbações nas relações sino-americanas.

Em sua declaração nesta terça-feira (26), o secretário de Estado dos EUA Antony Blinken disse que Taiwan se tornou uma história de sucesso democrático e seu apoio à transparência, direitos humanos e primado do direito correspondem aos valores da Organização das Nações Unidas (ONU).

"Por isso encorajamos todos os Estados-membros da ONU para se juntarem a nós no apoio à participação sólida e significativa de Taiwan no sistema das Nações Unidas e na comunidade internacional", declarou Blinken.

Blinken afirmou que permitir a Taiwan participar de órgãos internacionais é consistente com a política norte-americana de "uma China única".

A exclusão de Taiwan mina o trabalho importante da ONU e seus organismos relacionados, dando como exemplo que Taiwan não está presente na Organização da Aviação Civil Internacional ou na Assembleia Mundial da Saúde, conforme Blinken.

Reposta de Pequim

Hoje (27), o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, declarou que os comentários do secretário de Estado dos EUA violam o princípio de "uma China única", as disposições de três comunicados conjuntos sino-americanos e também as promessas que o país fez.

"Os EUA continuam cometendo erros em palavras e ações sobre a questão de Taiwan. O lado chinês deu respostas firmes e necessárias ao longo do tempo. Se os Estados Unidos continuarem jogando a desaconselhável 'carta de Taiwan', isso inevitavelmente colocará enormes riscos às relações sino-americanas", disse Zhao Lijian.

O porta-voz chinês sublinhou que a participação de Taiwan em atividades internacionais deve ser realizada em conformidade com o princípio de "uma China única". Promovendo a "democracia de Taiwan", os Estados Unidos tentam distorcer conceitos e enganar os outros.