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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Itália toma medidas contra TikTok após morte de uma garota

 


As autoridades italianas de proteção de dados disseram nesta sexta-feira (22) que seria imposto um bloqueio imediato ao acesso do TikTok aos dados de usuários cuja idade não tenha sido verificada.

bloqueio foi decretado pelo menos até o dia 15 de fevereiro, quando serão feitas novas avaliações. A autoridade judicial da Itália justificou a medida pela "urgência" dos últimos acontecimentos, uma menina de 10 anos na Sicília faleceu ao participar de um desafio chamado "apagão" enquanto usava a rede social.

O "desafio" foi criticado e desencorajado por autoridades médicas depois que jovens começaram a se sufocar na frente das câmeras por restringir o oxigênio ao cérebro. Associações de proteção à criança fizeram críticas contundentes às empresas de mídia social que permitem que esse conteúdo se espalhe em suas plataformas.

Um porta-voz da TikTok refutou as acusações pela responsabilidade do incidente. Em um comunicado, a empresa disse: “Não permitimos qualquer conteúdo que incentive, promova ou glorifique um comportamento que possa ser perigoso".

A Justiça italiana observou que avisou a TikTok, em dezembro, sobre uma série de violações da empresa, incluindo pouca atenção à proteção de menores, a facilidade com que usuários menores de 13 anos podiam se inscrever na plataforma, a falta de transparência nas informações fornecidas aos usuários, e no uso de configurações automáticas que não respeitassem a privacidade.

Foram cobradas respostas, mas empresa não se pronunciou. Ao emitir sua sentença nesta sexta-feira (22), a autoridade escreveu: "enquanto se aguarda a resposta solicitada, a autoridade decidiu uma intervenção hoje [22] a fim de garantir proteção imediata aos menores inscritos na rede presentes na Itália".

ordem de bloqueio será levada ao conhecimento das autoridades irlandesas, tendo em conta que recentemente a TikTok anunciou que instalou a sua fábrica principal na Irlanda, escreve o jornal La Repubblica.



© AP PHOTO / ANJUM NAVEED
Logotipo do TikTok


 

Senado dos EUA confirma 1º general negro como chefe do Pentágono

 


General de quatro estrelas da reserva, Lloyd J. Austin, com formação em West Point, foi confirmado nesta sexta-feira (22) pelo Senado dos EUA o primeiro secretário negro de defesa do país.

O nome de Austin, que tem 67 anos, foi aprovado pelos senadores por 93 votos a favor e dois contrários. O general de quatro estrelas nomeado pelo novo presidente dos EUA, Joe Biden, passou para a reserva em 2016, após 41 anos no Exército, escreve a Associated Press.

Lloyd J. Austin foi o segundo membro oficialmente escolhido por Joe Biden para compor seu gabinete. Antes, Avril Haines foi confirmada na quarta-feira (20) como a primeira mulher a servir como diretora de inteligência nacional. Espera-se que Biden obtenha a aprovação para outros integrantes de sua equipe de segurança nacional nos próximos dias, incluindo Antony Blinken como secretário de Estado.

Ao nomear o general, Biden quer restaurar a estabilidade no topo do Pentágono, que passou por dois secretários de Defesa confirmados pelo Senado e quatro que ocuparam o cargo interinamente durante a administração de Donald Trump. Os únicos senadores que votaram contra Austin foram os republicanos Mike Lee, de Utah, e Josh Hawley, do Missouri.

É uma honra e um privilégio servir como 28º secretário de Defesa do nosso país e estou especialmente orgulhoso de ser o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Vamos ao trabalho.

Relação de Joe Biden com Lloyd Austin

Quando era vice-presidente dos EUA, na gestão de Barack Obama, Joe Biden trabalhou em estreita colaboração com o general para diminuir o envolvimento militar dos EUA no Iraque. Lloyd Austin era o principal comandante dos EUA em Bagdá. 

Em dezembro, ao anunciá-lo como seu candidato, Biden disse que o considerava "a pessoa de que precisamos neste momento", e que confia em Austin para garantir o controle civil dos militares. Os críticos da nomeação questionaram a sensatez de abrir uma exceção à lei contra um oficial militar recém-aposentado que servia como secretário de defesa, observando que a proibição foi posta em prática para evitar influência militar indevida em questões de segurança nacional.

Sabatinado por senadores, Austin prometeu combater a supremacia branca e o extremismo violento nas fileiras militares. Segundo ele, é preciso "livrar nossas fileiras de racistas". Ele também disse que levaria este o problema para o lado pessoal.



© AP PHOTO / KHALID MOHAMMED
Joe Biden é visto com o general Lloyd Austin, principal comandante dos EUA no Iraque, em Bagdá, Iraque, em novembro de 2011