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quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Contrapeso à China: Índia estaria secretamente construindo base naval nas Ilhas Maurício, diz mídia

 


Marinha indiana está construindo uma nova base naval com uma pista de pouso e decolagem de 3 km na ilha de Agaléga, localizada cerca de 1.100 quilômetros a norte da ilha principal de Maurício, segundo uma investigação conduzida pela Al Jazeera.

O preço estimado do projeto completo é de aproximadamente US$ 250 milhões (R$ 1,29 bilhão).

A mídia alega que, como parte de um acordo entre a Índia e Maurício, o governo de Nova Deli concordou em desenvolver a infraestrutura para os 300 habitantes da ilha em troca do direito de implantar instalações militares.

O governo de Maurício, liderado pelo primeiro-ministro Pravind Jugnauth, negou alegações relativamente à construção de uma base militar indiana na ilha de Agaléga, afirma a mídia.

Em 2015, a Índia e Maurício assinaram um acordo que especificava a renovação da infraestrutura para melhorar a conectividade marítima e aérea da ilha.

"Ajudará muito na melhoria das condições dos habitantes desta ilha remota. Essas instalações reforçarão as capacidades das Forças de Defesa de Maurício na salvaguarda dos seus interesses na ilha Exterior" aponta o documento sobre o acordo.

​Cerca de 300 pessoas vivem na ilha mauriciana de Agaléga. A construção de uma nova pista de pouso está provocando temores de que estejam em curso planos de [construir] uma base militar [...] Eventos semelhantes que ocorreram em Diego Garcia na década de 1960 ainda permanecem vivos na memória.

Ex-oficial da Marinha indiana e antigo comandante regional da Guarda Costeira do país, Seshadri Vasan, disse à Sputnik que a base de Agaléga "está em construção" já há algum tempo.

O especialista, que é atualmente diretor do Centro de Estudos Chineses de Chennai, considera que tal base, quando estiver totalmente operacional, aumentaria a prontidão marítima da Marinha indiana na região do oceano Índico.

"Também serviria como um potencial contrapeso à China, que já tem uma base militar em Djibuti", opina o militar.

O ex-oficial acredita também que uma tal forte presença nas Ilhas Maurício garantiria que a pequena nação "não cairá na órbita de influência da China", depois de Pequim e Port Louis terem assinado um Acordo de Livre Comércio em dezembro do ano passado.

A Índia expressa preocupação de que a crescente influência do Exército de Libertação Popular da China representaria um desafio ao domínio da Marinha indiana em torno das Ilhas Maurício.


Reino Unido decidiu não desafiar águas territoriais chinesas no mar do Sul da China, diz Pequim


 

O grupo de ataque liderado pelo porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth não seguiu o exemplo dos EUA de se aproximar mais de 12 milhas náuticas das ilhas artificiais da China, disse a chancelaria chinesa.

O porta-aviões HMS Queen Elizabeth do Reino Unido e seu grupo de ataque não navegaram perto das ilhas artificiais de Pequim quando passaram pelo mar do Sul da China, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China, citado na quarta-feira (4) pelo jornal The South China Morning Post.

O HMS Queen Elizabeth e outras embarcações britânicas e norte-americanas estão na região para realizar exercícios de liberdade de navegação e manobras militares com outros países, nota a mídia.

Dessa forma, os navios de guerra britânicos não desafiaram diretamente a linha territorial de 12 milhas náuticas em torno das ilhas reivindicadas pela China, como o fizeram os EUA, comentou a chancelaria chinesa.

Segundo relatou no domingo (1º) o jornal The Guardian, fontes militares referiram não ter planos de encenar um confronto naval com a China no mar do Sul da China, depois que os militares chineses advertiram contra uma possível provocação. A chancelaria britânica não respondeu a um pedido de comentários.

"A China espera que os navios da Marinha de outras nações cumpram a lei internacional quando navegarem pelo mar do Sul da China, respeitem os direitos e a soberania das nações costeiras, e evitem ações que prejudiquem a paz regional", disse. Uma fonte próxima ao Exército de Libertação Popular (ELP) da China expressou satisfação com "a atuação de baixo perfil do grupo liderado pelo porta-aviões britânico" na região.

O Reino Unido está alinhado com os EUA, que têm realizado operações de "liberdade de navegação" e exercícios militares na região da Ásia-Pacífico. O grupo liderado pelo HMS Queen Elizabeth zarpou do Reino Unido há dois meses, e realizará exercícios militares com os EUA, Austrália, França e Japão no mar das Filipinas até o final de 2021.

Quanto aos exercícios de liberdade de navegação na região, a China se opõe "à presença naval com objetivos provocativos", de acordo com Wu Qian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

"Os militares chineses usarão todos os meios necessários para lidar com [ações provocativas] de forma resoluta e eficaz", apontou ele no domingo (1º) ao The Guardian.


China insta EUA para cancelarem 'imediata e completamente' sanções e bloqueio de Cuba

 


A chancelaria da China afirmou que o bloqueio norte-americano dificulta as tentativas de Cuba para melhorar sua economia e o nível de vida do povo cubano, apelando para que cancelem as sanções "imediata e completamente".

Na quarta-feira (4), a China expressou sua oposição firme a qualquer tentativa dos EUA de impor sanções unilaterais de modo arbitrário e interferir nos assuntos internos de outros países com o pretexto de uma alegada defesa da "liberdade", "direitos humanos" e "democracia".

"Instamos os Estados Unidos para prestarem atenção ao apelo universal da comunidade internacional e cancelarem imediata e completamente as sanções e embargo contra Cuba", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Pequim considera que as recentes sanções contra instituições e funcionários cubanos "violam severamente as normas básicas que regem as relações internacionais" e deixam evidente "o estilo norte-americano típico de duplo padrão e assédio".

A chancelaria chinesa afirmou que o bloqueio dos EUA dificulta as tentativas cubanas para melhorar sua economia e o nível de vida do povo de Cuba. O ministério destacou que a forma correta de agir é oferecer apoio.

Nesse sentido, o ministério deu um exemplo de como a China e "muitos países amigos" forneceram ajuda para combater a pandemia da COVID-19, promover o desenvolvimento econômico na ilha e manter a estabilidade social.

Sanções contra Cuba

Em 30 de julho, os Estados Unidos impuseram novas sanções a Cuba, sendo os principais alvos a Polícia Nacional Revolucionária e dois de seus líderes, em resposta às ações do governo de Havana sobre os manifestantes.

Em resposta a esta decisão, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, indicou que "essas medidas arbitrárias se juntam à desinformação e agressão para justificar o bloqueio desumano contra Cuba".

Os protestos ocorridos em 11 de julho representam a maior manifestação contra o governo de Havana em décadas. Até o momento, ainda não está claro quantas pessoas foram detidas.