Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sa/AFP |
No início de Junho, o grupo Anonymous Brasil publicou uma nota fiscal no nome de Bolsonaro.
Nela, o presidente teria gasto R$56.160,00 em 12 mil litros de gasolina comum no Auto Posto Confiança, no Rio de Janeiro:
Suposta nota no nome de Bolsonaro mostra gastos exorbitantes em posto de gasolina |
O Auto Posto Confiança fica em Nova Iguaçu, onde Bolsonaro esteve no dia 15/02 num culto evangélico com Crivella.
Auto Posto Confiança em Nova Iguaçu. Foto: Reprodução/Google Maps |
Ele pertence a Alessandro Calazans, ex-prefeito de Nilópolis e ex-deputado estadual, que foi amigo de Flávio Bolsonaro na Alerj por cerca de uma década.
Esta quantidade de combustível permitiria que o presidente rodasse por cerca de 96 mil quilômetros, ou seja, cerca 80 viagens de carro do Rio de Janeiro para Brasília.
O DCM procurou a SECOM e pediu um esclarecimento acerca da veracidade da nota via Lei de Acesso à Informação (LAI).
A secretaria afirmou que a lei não abrange “assuntos relativos à vida pessoal de agentes públicos”.
Na mesma resposta, a SECOM ainda alegou que se trata de uma “suposição”:
“O objetivo da Lei de Acesso à Informação não é estabelecer que a Administração emita juízo de valor sobre fatos, tampouco suposições, publicadas em canais não oficiais do Poder Executivo Federal”.
De fato, a vida privada de agentes públicos não é coberta pela LAI, no entanto, este tipo de gasto vindo do presidente não seria novidade.
Em 2006, enquanto deputado, Bolsonaro chegou a gastar R$25 mil em um mês com gasolina.
E os gastos exorbitantes com este tipo de produto tampouco são de exclusividade do presidente: a bolsonarista Carla Zambelli, por exemplo, usou dinheiro público para abastecer quase 500 litros de combustível e ficar 4 dias em São Paulo.
Cartão corporativo:
Os cartões corporativos da presidência da república são usados, entre outras despesas, para o abastecimento de veículos oficiais.
Só entre janeiro e março deste ano, Bolsonaro gastou R$ 6,2 milhões de dinheiro público por meio deles.
Em agosto do ano passado (2019), ele prometeu que iria “abrir o sigilo” do cartão e mostrar os gastos detalhados.
No entanto, 11 meses depois, os números são guardados a sete chaves e só o total dos gastos está disponível no Portal da Transparência.
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