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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

China alerta para possíveis 'acidentes militares' se provocações dos EUA continuarem




Pequim advertiu contra outras operações navais dos Estados Unidos no mar do Sul da China, alegando que as atividades recentes do lado norte-americano criam condições para um confronto militar não intencional.

Um porta-voz do Exército de Libertação do Povo (ELP) declarou nesta sexta-feira (28) que um navio de guerra dos EUA entrou nas águas territoriais chinesas sem permissão.
"Instamos os EUA a interromper esse comportamento provocativo e restringir suas ações marítimas para evitar possíveis acidentes militares", disse o coronel Li Huamin, acrescentando que as forças navais e aéreas do ELP monitoraram o navio enquanto ele viajava pelo mar do Sul da China.
A Marinha dos Estados Unidos afirmou que o USS Martin realizou uma operação de "rotina" na região. Washington citou o princípio da chamada "liberdade de navegação" para defender sua atividade regular no mar.
No início desta semana, a China lançou dois mísseis, incluindo um "assassino de porta-aviões", no mar do Sul da China após alegar que um avião espião U-2 havia invadido uma zona de exclusão aérea durante exercícios militares de fogo real.

© FLICKR.COM / KAZ VORPAL
Drone Predator da Força Aérea dos EUA
O Ministério das Relações Exteriores da China destacou que a presença da aeronave de reconhecimento dos EUA na área foi uma "provocação nua e crua" e pode ter causado um "acidente inesperado".
Já o Pentágono negou qualquer irregularidade e condenou os lançamentos de mísseis como "contraproducentes para aliviar as tensões e manter a estabilidade".
Na quinta-feira (27), Pequim advertiu que seus militares "não dançariam conforme a melodia dos EUA" e instou Washington a repensar sua abordagem de confronto com a China e "sair do pântano de ansiedade e paranoia".

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