Papa Francisco e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Agência Brasil) |
"Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social", afirmou o Papa Francisco em discurso na 75ª Assembleia-Geral ONU. Discurso confronta Jair Bolsonaro, que nega os incêndios na floresta e culpa índios pela devastação
Em pronunciamento na sessão de debates da 75ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU), o Papa Francisco falou em "perigosa situação" da Amazônia e disse que a emergência ambiental está "intimamente ligada à crise social". No Brasil, a Amazônia perdeu 265.113 km² de vegetação de 2000 e 2018, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O volume corresponde à perda de uma área superior a 32,1 milhões de campos de futebol "Padrão Fifa" com dimensões de 110m x 75m, equivalente a 8.250 metros quadrados (m²).
"Penso também na perigosa situação da Amazônia e de seus povos indígenas. Eles nos lembram que a crise ambiental está intimamente ligada a uma crise social e que o cuidado com o meio ambiente exige uma aproximação integrada para combater a pobreza e a destruição", afirmou.
"Não devemos deixar para as próximas gerações os problemas das anteriores. Devemos nos perguntar seriamente se existe entre nós a vontade política para mitigar os efeitos negativas da mudança climática, assim como para ajudar as populações mais pobres e vulneráveis, que são as mais afetadas", acrescentou.
De acordo com o IBGE, áreas de pastagem com manejo aumentaram 71,4% na Amazônia, ao passar de 248.794 quilômetros quadrados (km²) para 426.424 km² em 18 anos. As áreas agrícolas na floresta aumentaram de 288%, ao pular de 17.073 km² para 66.350 km².
Apesar de o Papa citar o Acordo de Paris sobre o clima, assinado no fim de 2015, ele afirmou ser preciso "admitir honestamente que, ainda que alguns progressos tenham sido alcançados, a pouca capacidade da comunidade internacional para cumprir suas promessas de cinco anos atrás" evidencia que é necessário evitar discursos "tranquilizantes" e agir para instituições políticas serem "realmente efetivas".
Enquanto o Papa faz o alerta para o desmatamento, Jair Bolsonaro insiste em negar o problema e culpa índios e ONGs. Em discurso pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele disse haver uma "campanha de desinformação" contra a política ambiental do seu governo. Também voltou a dizer que, no caso da Amazônia, a floresta não pega fogo por ser úmida.
- ...
- APLB e os confrontos com a Secretaria de Educação de Queimadas O secretário de Educação Rogério Reis, entrou no ar, na Rádio Queimad...
- A pandemia não acabou e pessoas continuam morrendo. Se não tem amor a sua vida, protege ao menos sua família É hilário e até seria...
- Milhões de reais das Precatórias do Fundef fizermos a conta dos valores disponíveis dos recursos – 28 milhões - e dos valores gastos ...
- Placidão sempre enfrentou as dificuldades em defesa do povo, por isso nossa homenagem e parabenizamos sua coragem. Queremos elogiar ...
- CADÊ OS 17 MILHÕES? PERGUNTA APLB CONTRAPONTOS AO TEXTO “ELEIÇÕES 2020” Os mesmos fossem utilizados com serieda...
Nenhum comentário:
Postar um comentário