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terça-feira, 10 de novembro de 2020

É muito difícil desviar deles: National Interest avalia mísseis russos Tsirkon lançados de submarino

 



A combinação de submarino e mísseis hipersônicos aumentará as capacidades da Rússia, diz mídia norte-americana. Os especialistas consideram que o lançamento de mísseis deste tipo debaixo d'água confere grande uma vantagem estratégica.

Mísseis Tsirkon atingem velocidade oito vezes maior que a do som. Para infligir danos sérios um desses míssil lançado ao alvo com grande velocidade nem precisa ter ogiva com explosivo devido à grande energia cinética.

O inimigo potencial teria pouco tempo para reagir de maneira eficaz à aproximação do míssil hipersônico, de acordo com a revista norte-americana The National Interest.

Para o alvo é muito difícil se desviar deste armamento e o processo de interceptação seria como disparar uma bala contra outra bala, as hipóteses de sucesso são reduzidas, segundo a mídia. Esses mísseis são extremamente manobráveis.

Sistemas de defesa antiaérea, na maioria dos casos, são optimizados para defesa contra ameaças já existentes, das quais munições hipersônicas não fazem parte.

Os mísseis Tsirkon se movem tão rápido na atmosfera que geram um campo de plasma em torno deles, absorvente de emissões de radar, os tornando mais difíceis de detectar.

Rússia é aparentemente o primeiro país a usar mísseis hipersônicos baseados em submarinos, de acordo com The National Interest. Os submarinos podem permanecer debaixo d'água durante dias ou mesmo semanas. Submarinos são altamente protegidos estando abaixo da superfície e muito difíceis de detectar.

Tal como os mísseis balísticos tradicionais baseados em submarinos, o lançamento dos mísseis hipersônicos a um alvo terrestre ou marítimo aconteceria muito rápido sem necessidade de vir à superfície.

A alta velocidade combinada com uma grande aproximação ao alvo deixa pouco tempo ao inimigo para reagir.

China e Rússia estão superando os EUA na área das munições hipersônicas, afirmou Subsecretário da Defesa e Engenharia Michael D. Griffin, citado pelo jornal The Washington Post.

"Não temos hoje sistemas que podem mantê-las [Rússia e China] em risco de modo correspondente e não temos defesas contra estes sistemas", declarou Griffin.

Os mísseis hipersônicos russos extremamente manobráveis estão sendo melhorados para superar o sistema de defesa contra mísseis norte-americano, de acordo com o Serviço de Pesquisa de Congresso.

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