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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Governo precisa explicar supostos relatórios com orientações à defesa de Flávio Bolsonaro, diz STF

 


Ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia determinou nesta segunda-feira (14) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) prestem informações, em 24 horas, sobre supostos relatórios produzidos para orientar a defesa do senador Flávio Bolsonaro.

De acordo com informações do jornal O Globo, Cármen Lúcia avaliou que a suposta produção dos documentos é "grave", e o tribunal tem entendimentos consolidados que proíbem o uso de órgãos públicos para fins pessoais.

pedido de informações é endereçado ao ministro do GSI, Augusto Heleno, e ao diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem. Em nota conjunta, os órgãos disseram que vão "aguardar a notificação e responder dentro do prazo estipulado pela ministra Carmem Lúcia".

Na sexta-feira (11), o GSI afirmou que a informação de que a Abin teria produzido pelo menos dois relatórios para orientar o senador Flávio Bolsonaro se vale de "falsas narrativas".

Relembre o caso

Na última sexta-feira (11), uma reportagem publicada revista Época revelou que a Abin teria auxiliado a defesa de Flávio a produzir dois relatórios, que detalham o funcionamento de uma suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal, que teria acessado de forma ilegal os dados fiscais do senador que geraram o inquérito das rachadinhas.

​O Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) disse que a possível ajuda da Abin ao senador, caso seja confirmada, "é inaceitável em todos os sentidos".

O procurador-geral da República, Augusto Aras, autorizou no mesmo dia uma investigação preliminar sobre uso da Abin para ajudar defesa de Flávio Bolsonaro.

Flávio Bolsonaro é acusado de participar de um esquema de corrupção quando era deputado estadual no Rio de Janeiro, que seria comandado por um de seus assessores, Fabrício Queiroz.



© FOTO / REPRODUÇÃO / TWITTER
Ex-PM Fabrício Queiroz (primeiro à dir.) ao lado de policiais militares e do seu ex-patrão, Flávio Bolsonaro (primeiro à esq.)


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