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sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Senado dos EUA confirma 1º general negro como chefe do Pentágono

 


General de quatro estrelas da reserva, Lloyd J. Austin, com formação em West Point, foi confirmado nesta sexta-feira (22) pelo Senado dos EUA o primeiro secretário negro de defesa do país.

O nome de Austin, que tem 67 anos, foi aprovado pelos senadores por 93 votos a favor e dois contrários. O general de quatro estrelas nomeado pelo novo presidente dos EUA, Joe Biden, passou para a reserva em 2016, após 41 anos no Exército, escreve a Associated Press.

Lloyd J. Austin foi o segundo membro oficialmente escolhido por Joe Biden para compor seu gabinete. Antes, Avril Haines foi confirmada na quarta-feira (20) como a primeira mulher a servir como diretora de inteligência nacional. Espera-se que Biden obtenha a aprovação para outros integrantes de sua equipe de segurança nacional nos próximos dias, incluindo Antony Blinken como secretário de Estado.

Ao nomear o general, Biden quer restaurar a estabilidade no topo do Pentágono, que passou por dois secretários de Defesa confirmados pelo Senado e quatro que ocuparam o cargo interinamente durante a administração de Donald Trump. Os únicos senadores que votaram contra Austin foram os republicanos Mike Lee, de Utah, e Josh Hawley, do Missouri.

É uma honra e um privilégio servir como 28º secretário de Defesa do nosso país e estou especialmente orgulhoso de ser o primeiro afro-americano a ocupar o cargo. Vamos ao trabalho.

Relação de Joe Biden com Lloyd Austin

Quando era vice-presidente dos EUA, na gestão de Barack Obama, Joe Biden trabalhou em estreita colaboração com o general para diminuir o envolvimento militar dos EUA no Iraque. Lloyd Austin era o principal comandante dos EUA em Bagdá. 

Em dezembro, ao anunciá-lo como seu candidato, Biden disse que o considerava "a pessoa de que precisamos neste momento", e que confia em Austin para garantir o controle civil dos militares. Os críticos da nomeação questionaram a sensatez de abrir uma exceção à lei contra um oficial militar recém-aposentado que servia como secretário de defesa, observando que a proibição foi posta em prática para evitar influência militar indevida em questões de segurança nacional.

Sabatinado por senadores, Austin prometeu combater a supremacia branca e o extremismo violento nas fileiras militares. Segundo ele, é preciso "livrar nossas fileiras de racistas". Ele também disse que levaria este o problema para o lado pessoal.



© AP PHOTO / KHALID MOHAMMED
Joe Biden é visto com o general Lloyd Austin, principal comandante dos EUA no Iraque, em Bagdá, Iraque, em novembro de 2011

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