O primeiro asteroide troiano descoberto teve o nome 2010 TK7, acompanhando a Terra perto de sua órbita ao redor do Sol e oscilando em um local dinamicamente estável chamado de ponto lagrangiano.
Um objeto recentemente descoberto que orbita ao redor do Sol da mesma forma que a Terra pode provar ser um asteroide troiano, acreditam astrônomos, escreve a revista Sky & Telescope.
Os asteroides troianos são pedaços de minerais rochosos que compartilham o caminho orbital de corpos celestes maiores em regiões gravitacionalmente estáveis comumente chamadas de pontos lagrangianos. Existem cinco entre a Terra e a Lua, assim como outros cinco entre nosso planeta e o Sol.
O troiano confirmado da Terra, denominado 2010 TK7, tem quase 300 metros de largura, e é o primeiro em sua categoria. O novo objeto, que leva o nome 2020 XL5, e foi observado pela primeira vez em novembro e dezembro de 2020, parece ser semelhante.
Segundo o astrônomo Tony Dunn, que estimou a trajetória do objeto usando o software JPL-Horizons da agência espacial NASA, a rocha gira ao redor do ponto lagrangiano Terra-Sol L4, formando um circuito próximo à órbita de Marte, cruzando também a órbita de Vênus.
A Terra tem um asteroide troiano conhecido, 2010 TK7, mas o recém-descoberto 2020 XL5 é um bom candidato, uma vez que ele se destaca em torno do ponto L4 da Terra, e continuará a fazê-lo por milhares de anos.
De acordo com as simulações de Dunn, durante alguns milhares de anos, o asteroide passará acima e abaixo da área orbital de Vênus, impedindo assim que o planeta interrompa sua órbita.
No entanto, as interações gravitacionais deverão afastar o asteroide do L4 depois de dois mil a quatro mil anos, uma teoria sustentada por simulações feitas por outro astrônomo amador, Aldo Vitagliano, que criou a técnica de determinação orbital Solex e Exorb.
"Posso confirmar que 2020 XL5 é atualmente um troiano terrestre moderadamente estável (quero dizer estável em uma escala de tempo de dois a quatro milênios)", explicou Vitagliano no fórum Minor Planet Mailing List.
O cientista calculou que pelo menos até perto do ano 4500, o 2020 XL5 continuará "se distribuindo em torno do ponto L4."
"O primeiro clone [simulado] salta sobre o ponto L3 por volta do ano 4500, e por volta do ano 6000 muitos deles já fizeram o salto, e alguns deles estão girando ao redor do ponto L5", explicou.
Os objetos espaciais são destinos potencialmente promissores para viagens espaciais, pois acredita-se que estejam carregados de elementos raros na superfície da Terra, como o Psique 16, que ultrapassa em muito o valor da economia do nosso planeta.
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