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domingo, 3 de outubro de 2021

Argélia fecha seu espaço aéreo para aviões militares da França, informa Exército francês

 


O governo argelino baniu aviões militares franceses de seu espaço aéreo, informou o Exército da França neste domingo (3) em meio a uma crise diplomática provocada por vistos e comentários críticos vindos do presidente francês, Emmanuel Macron.

Os jatos da República Francesa sobrevoam regularmente o território argelino para chegar à região de Sahel, na África Ocidental, onde as forças francesas se encontram ajudando a combater insurgentes jihadistas como parte de sua operação Barkhane.

"Nesta manhã [3] [...] soubemos que os argelinos estavam fechando seu território para aviões militares franceses", disse o coronel Pascal Ianni. Contudo, ele garantiu que, apesar de o Exército "ter de fazer alguns ajustes, a decisão da Argélia não afeta as operações francesas" conduzidas no Sahel.

As relações entre os dois países vêm piorando nos últimos tempos, sendo que na quinta-feira (30) o governo da Argélia disse ter convocado o embaixador francês na capital, Argel, após Paris ter decidido cortar no número de vistos concedidos a cidadãos da Argélia e de outros países da região do Magrebe, no norte da África, reporta Al-Jazeera.

O chanceler argelino classificou tal ação por parte de Paris como uma "decisão unilateral do governo francês", mas a França se justificou acusando os governos do Magrebe de se recusarem a acolher imigrantes ilegais que teriam saído de lá para o país europeu.

No início da semana, Macron teria prestado declarações que se revelaram ofensivas para o Estado africano. Quando reunido com jovens argelinos descendentes de participantes da Guerra da Argélia, o presidente francês teria apontado que o governo da Argélia estava "cansado" e "fraco".

No sábado (2), o embaixador argelino em Paris, Mohamed Antar-Daoud, foi chamado por Argel para consultas sobre a rejeição de tamanhas declarações. O povo argelino mostrou descontentamento com a situação e criticou Paris por "interferência em seus assuntos internos" e "comentários irresponsáveis".

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