O procurador-geral planeja usar uma lei originalmente escrita para atingir a Ku Klux Klan para punir os Proud Boys e Oath Keepers, grupos de extrema-direita.
O procurador-geral de Washington, Karl A. Racine, processou nesta terça-feira (14) os Proud Boys e Oath Keepers pelo ataque ao Capitólio dos EUA.
Para subjugar os grupos de extrema-direita perante a lei, Karl A. Racine usará uma lei que foi escrita para paralisar a Ku Klux Klan.
Seu objetivo, escreve o Washington Post, é buscar duras penalidades financeiras para os grupos que Racine alega serem responsáveis pela violência em 6 de janeiro.
Estou processando os Proud Boys e os Oath Keepers, a primeira ação civil movida por uma entidade governamental contra os rebeldes de 6 de janeiro. Eles causaram grandes danos ao distrito, à nossa democracia e, particularmente, aos bravos homens e mulheres do nosso departamento de polícia metropolitana.
A ação civil de Racine diz que Washington e o departamento de polícia sofreram grandes danos devido às ações dos dois grupos. O procurador-geral os acusa de planejar, promover e participar do ataque mortal ao Capitólio.
A tática e a lei que Karl A. Racine está usando em seu processo são semelhantes às que o governo dos Estados Unidos usou contra a Ku Klux Klan. A lei, que foi aprovada em 1871, é conhecida como Ku Klux Klan Act.
Apoiadores do presidente Donald Trump enfrentam agentes da Polícia do Capitólio dos EUA fora da Câmara do Senado dentro do Capitólio, em Washington, EUA, 6 de janeiro de 2021. Foto de arquivo
© AP Photo / Manuel Balce Ceneta
Ela foi usada na década de 1980 para levar a Klan à falência, forçando o grupo a vender propriedades para cobrir os danos causados à família de um homem negro que os membros da Klan tinham assassinado.
"Estou buscando indenização neste caso e vou continuar trabalhando para garantir que tal agressão nunca aconteça novamente", disse o procurador-Geral.
Em entrevista ao jornal, Karl A. Racina disse que acredita que os danos infligidos pelos Proud Boys e Oath Keepers foram "substanciais".
Ele observou que, se o processo colocar "essas pessoas e entidades em perigo financeiro, que assim seja". Além dos dois grupos, o processo nomeia várias dezenas de seus membros proeminentes como réus.
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