Neste fim de semana, a Marinha dos EUA teria conduzido exercícios nos quais participaram dois grupos de ataque de porta-aviões ao sudeste da ilha japonesa de Okinawa, não muito longe do local onde a Marinha chinesa recentemente terminou suas manobras de três semanas.
Esta zona poderia ser provavelmente um dos campos de batalha naval se os EUA intervirem militarmente em um possível conflito no estreito de Taiwan.
Esta região tem importância estratégica, e os exercícios dos EUA, que ocorreram logo depois dos treinamentos da Marinha do Exército Popular de Libertação da China, visavam obviamente dar apoio provocativo aos secessionistas de Taiwan, escreve jornal estatal chinês Global Times.
Dois grupos de ataque de porta-aviões da Marinha dos EUA, liderados pelos USS Abraham Lincoln (CVN-72) e USS Ronald Reagan (CVN-76), navegaram para as águas a sudeste de Okinawa, realizando exercícios no sábado (28) e domingo (29), revela o think tank chinês Iniciativa de Sondagem da Situação Estratégica do Mar do Sul da China (SCSPI, na sigla em inglês) após examinar dados de rastreamento de voo abertos e imagens de sensoriamento remoto.
O único porta-aviões em posição avançada USS Ronald Reagan navega junto com USS Abraham Lincoln durante manobras de reabastecimento vertical. Ronald Reagan e Abraham Lincoln estão em missão programada na área de operação da 7ª Frota da Marinha dos EUA
A 7ª Frota da Marinha dos EUA anunciou no domingo (29) na sua conta no Twitter a realização das manobras sem revelar o local exato. Mas, uma vez que uma imagem de satélite comercial permitiu identificar um dos porta-aviões na região no domingo, confirmou-se que as manobras haviam decorrido ao sudeste de Okinawa, aponta o SCSPI.
Ao enviar dois porta-aviões para a região logo após os exercícios da Marinha chinesa, Washington está tentando animar e dar apoio às forças independentistas de Taiwan e aos expansionistas militares japoneses, mas isso envia um sinal errado e poderia exacerbar a situação regional, disse ao jornal um especialista militar chinês na condição de anonimato.
Especialistas apontam que, estando perto do território chinês, nem os EUA podem rivalizar com o Exército da China quando se trata de interesses centrais de Pequim, observando que os armamentos "assassinos de porta-aviões" da China, incluindo mísseis balísticos antinavio, aviões e navios de guerra, se juntarão para negar a interferência externa na questão de Taiwan, se chegar a esse ponto.
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