Analista norte-americano acredita que Taiwan não poderá contar com o apoio dos esquadrões da Marinha dos EUA em uma possível invasão chinesa.
Timothy Heath, pesquisador internacional sênior da RAND Corporation, um dos mais prestigiados "think tanks" a serviço das Forças Armadas dos EUA, concedeu uma entrevista para a revista Task & Purpose há dois dias.
De acordo com Heath, há uma combinação de duas novas tecnologias chinesas que tem o potencial de neutralizar completamente os super porta-aviões americanos, "símbolos da supremacia militar dos EUA desde o final da Segunda Guerra Mundial".
"De fato, se essas tecnologias funcionarem como os estudos chineses afirmam, a única esperança que um porta-aviões dos EUA tinha de sobreviver a uma batalha perto de Taiwan desapareceria", afirmou.
O especialista militar avalia que a única esperança para os porta-aviões dos EUA era se esconder dos sensores chineses, "que podem colocá-los na mira de armas extremamente difíceis de interceptar".
"Essa possibilidade desapareceu graças à tecnologia de inteligência artificial com a qual a China agora pode localizar e rastrear porta-aviões em todo o mundo em tempo real", enfatizou.
Heath diz que, até agora, o Exército da China conseguiu analisar dezenas de milhares de fotografias para poder localizar os diferentes grupos de porta-aviões norte-americanos. "Eles podem fazer isso em tempo real, dizem eles".
Timothy Heath entende que a China poderia lançar mísseis de cruzeiro de longo alcance (de até 2.500 quilômetros) para afundar esses enormes navios.
Ele relembrou que, nos últimos anos, os chineses "não apenas pesquisaram e desenvolveram [os sistemas de mísseis], mas também colocaram à prova ensaiando 'tiro em porta-aviões' e atirando em navios em exercícios de grande escala.
O analista da RAND acredita que, "para os EUA, os dias desses titãs do mar estão contados. O uso de inteligência artificial [AI], satélites espiões e outros sensores planetários já mudaram a guerra do futuro".
"A proliferação de satélites e IA [ inteligência artificial ] tornará cada vez mais difícil para os principais navios de combate, como um porta-aviões, se esconder".
Ele entende que as novas tecnologias tornarão esses navios inúteis, mesmo se posicionados fora do alcance dos mísseis de cruzeiro de longo alcance, pois a essa distância, os esquadrões de ataque de porta-aviões serão ineficazes.
Além disso, explicou ele, "com as novas tecnologias de planadores hipersônicos de alcance virtualmente ilimitado, a distância logo deixará de importar. Essa é a segunda tecnologia que - junto com a localização e rastreamento de alvos com inteligência artificial - colocará o último prego no caixão dos porta-aviões".
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