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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

GUERRA ENTRE FACÇÕES DEIXA TRÊS MORTOS EM PERNAMBUÉS



A madrugada deste domingo (23/2) foi de terror no bairro de Pernambués, em Salvador. Uma mulher identificada como Elaine da Silva Araújo, de 33 anos, e dois homens de identidades não informadas foram executados a tiros na rua Thomaz Gonzaga, próximo ao final de linha do local. Segundo a comandante da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/Pernambués), major Gilmara Santana, o crime foi motivado por guerra entre facções.

“Todas as pessoas são envolvidas com o tráfico de drogas do local”, disse a oficial à equipe do Aratu On. Ainda de acordo com a comandante, houve um “entrave entre as facções”.

Policiais da CIPM foram acionados e constataram a tentativa de chacina quando chegaram na rua. Lá, três pesoas caídas já estavam sem vida. As outras três vítimas foram atendidas pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU). Aldileide de Jesus Brito, de 31 anos, Mateus Santos de Andrade, de 25 e Ailson da Silva, de 41, foram encaminhadas para o Hospital Geral do Estado (HGE) e o estado de saúde delas não foi divulgado.

A Polícia Civil está investigando a causa e autoria do crime.

Afeganistão é o maior erro estratégico na história militar dos EUA, diz analista



Esforços de Mike Pompeo para selar acordo de paz no Afeganistão fornecem legitimidade e devolvem o poder ao grupo Talibã, com quem os EUA lutam há dezenove anos.

Nesta sexta-feira (21), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, publicou na sua conta no Twitter que os EUA "chegaram a um acordo com o Talibã para reduzir significativamente a violência no Afeganistão" e anunciou que um acordo de paz poderia estar próximo.
After decades of conflict, we have come to an understanding with the Taliban on a significant reduction in violence across . This is an important step on a long road to peace, and I call on all Afghans to seize this opportunity.

11,6 mil pessoas estão falando sobre isso

"Após décadas de conflito, nós chegamos a um acordo com o Talibã para reduzir significativamente a violência no Afeganistão. Este é um passo importante em uma longa jornada rumo à paz, e eu peço a todos os afegãos que aproveitem esta oportunidade."
O analista Michael Hirsh, da revista norte-americana Foreign Policy, lamenta que "ninguém reclamou da relegitimação do Talibã, que agora terá uma voz poderosa no comando do país". Segundo ele, o Talibã estaria inclusive em posição de "retomar o controle" do Afeganistão.
Para Hirsh, os EUA cometeram um erro estratégico grave ao invadir o Iraque enquanto os ganhos militares da operação no Afeganistão não estavam consolidados. A insurgência que se seguiu à invasão do Iraque, que teria pego a administração George W. Bush de surpresa, reduziu a capacidade dos EUA de influenciar o campo de batalha no Afeganistão.
Nesse contexto, o então secretário de Defesa de Bush, David Rumsfeld, teria "decidido manter o que ele chamou de 'pequena marca' no Afeganistão porque ele não gostava da ideia de construção nacional", que consistiria no investimento dos EUA na construção e consolidação de novas instituições no Afeganistão.
O Talibã, que teria recebido um golpe muito forte durante as primeiras operações dos EUA no Afeganistão, gradualmente se reconstruiu, a partir de bases no Paquistão, e utilizou o vácuo de poder deixado pelos EUA para retomar sua influência na política interna do país asiático.

© AP PHOTO / STEVE RUARK
Cerimônia de transporte do caixão de um militar norte-americano morto no Afeganistão, em 14 de fevereiro de 2020
Quando o retorno do Talibã já era uma realidade, a administração Obama debateu qual seria a melhor estratégia para conter o avanço do grupo, "que havia tomado a cidade de Kunduz em 2015 e voltado a representar uma ameaça a áreas urbanas e ao próprio governo de Cabul".
"A administração Bush cometeu três erros fundamentais logo no início [da guerra] no Afeganistão", disse James Dobbins, que serviu como enviado especial da administração Bush para o Afeganistão.
"O primeiro foi acreditar que um país devastado, sem exército ou polícia, poderia garantir a segurança de seu território ou da sua população sem ajuda", disse Dobbins ao analista. "O segundo foi a incapacidade de atrair os membros do Talibã que estavam preparados para entregar as armas, inclusive os de alto escalão", acrescentou.
"O terceiro foi não entender que, mesmo que o Paquistão tivesse deixado de fornecer apoio ao governo do Talibã após [os ataques terroristas de] 11 de setembro, não deixou de apoiar o movimento Talibã", explicou.
Esses erros teriam levado o Talibã a "se reagrupar, rearmar e [voltar a] operar" do território paquistanês, "projetando uma insurgência de larga escala de volta para o Afeganistão", concluiu.
Por ter compreendido que Washington deixaria um vácuo de poder no Afeganistão, o Paquistão teria retomado seu apoio ao Talibã, considerando-o como um aliado islâmico.

© AP PHOTO / MUHAMMAD SAJJAD
Crianças refugiadas afegãs no campo de Kabobayan, em Peshawar, no Paquistão, em 13 de fevereiro de 2020
Hirsh relata que o ex-embaixador do Paquistão nos EUA, Mahmud Ali Durrani, em entrevista concedida ao analista no início dos anos 2000, havia relatado que, pouco antes de Bush invadir o Iraque, "a Al-Qaeda [organização terrorista proibida na Rússia e demais países] estava praticamente destruída, no sentido operacional. Mas depois eles pegaram o vácuo deixado no Afeganistão. E encontraram a sua motivação no Iraque. A Al-Qaeda estava rejuvenescida".
O historiador militar David Kilcullen acredita que a "guerra contra o terror", iniciada por Washington após os ataques terroristas de 11 de setembro, pode ter resultado no "maior erro estratégico feito por um líder de relevância desde que Adolf Hitler decidiu [...] invadir a União Soviética".
Em contexto favorável a seu Exército na Europa, o líder nazista decidiu iniciar uma campanha militar de larga escala contra Moscou, decisão apontada por muitos historiadores como o motivo da derrota alemã na 2ª Guerra Mundial.
"Hitler achou que o Reino Unido iria cair sozinha, e que ele iniciaria uma campanha que achava que seria mamão com açúcar" contra a União Soviética, disse Kilcullen.
"Isso é literalmente o que aconteceu com o Afeganistão e o Iraque. Enquanto a batalha de Tora Bora [montanhas nas quais se dizia que bin Laden estaria escondido] ainda estava em curso, a administração Bush começou a fazer planos para [invadir] o Iraque", explicou.
Enquanto as consequências desse erro são multifacetadas, o analista lembra que, nestes dezenove anos de guerra, os grupo armados aprenderam a lutar contra os EUA, em condições de guerra assimétrica.

© AP PHOTO / MOHAMMAD YOUSAF
Fronteira entre Paquistão e Afeganistão, na cidade paquistanesa de Angore Adda
"Se na Guerra do Golfo, em 1991, mostramos a todos como não se deveria lutar conosco, na invasão do Iraque em 2003 mostramos para todos como se deve lutar conosco", concluiu Kilcullen.
Desde dezembro de 2019, o jornal norte-americano Washington Post vem publicando uma série de reportagens que demonstraram que, apesar das autoridades dos EUA estarem cientes dos erros cometidos no conflito afegão, elas continuaram a solicitar financiamento e declarar apoio à manutenção das tropas dos EUA no país asiático.

Enorme nuvem de gafanhotos invade por completo vastos terrenos no Quênia (VÍDEO)



As pragas de gafanhotos-peregrinos são extremamente difíceis de controlar e de fazer parar, uma vez que são milhares de insetos que voam juntos e podem invadir vastos territórios.

Com muita frequência gafanhotos-peregrinos devoram plantações e colheitas podendo pôr em risco a situação de segurança alimentar em uma região.
David Hughes, biólogo da Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA, partilhou vídeos arrepiantes de gafanhotos invadindo por completo territórios no Quênia.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (UN FAO, na sigla em inglês), a mais recente praga de gafanhotos no Quênia pode ser a pior dos últimos 70 anos.
.@FAO survey on shores Lake Turkana (Northern Kenya) to assess swarm. These are yellow and of life adults mating

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FAO inspeciona as margens do lago Turkana (norte do Quênia) para determinar a proporção da praga. Estes são gafanhotos de asas amarelas adultos acasalando
Além disso, os cientistas dizem que as invasões atuais de gafanhotos-peregrinos no Quênia não vão terminar em breve, sendo que os seus ovos eclodirão já em março e abril, criando uma "segunda rodada de invasão".
Gafanhotos muitas vezes devoram plantações e colheitas, podendo agravar a situação de segurança alimentar na região e deixar pessoas sem alimento.

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Situação de hoje no lago Turkana, no Quênia
Biólogos têm tentado melhorar os seus métodos de previsão para que as pessoas possam estar preparadas para usar inseticidas químicos contra gafanhotos antes que eles comecem a invadir as colheitas. Mas sendo que estas espécies habitam enormes quantidades de quilômetros quadrados de terrenos em África e no Oriente Médio, tais previsões tornam-se extremamente desafiadoras.