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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

'Novo tesouro' de 110 milhões de anos é encontrado no Brasil



Pesquisadores da Universidade de Portsmouth, Reino Unido, encontraram uma borracha vegetal fossilizada nas folhas de uma planta de 110 milhões de anos.

O "novo tesouro" foi encontrado na Formação Crato, uma estrutura geológica do Cretáceo Inferior no nordeste do Brasil, segundo a instituição educacional.
"Um novo tesouro extraordinário foi encontrado por cientistas da Universidade de Portsmouth, o primeiro fóssil de uma borracha vegetal já registrado; o material de cor de âmbar foi descoberto em folhas fossilizadas de 110 milhões de anos", comunicou a universidade.
A doutoranda da Escola de Ambiente, Geografia e Geociências da Universidade de Portsmouth e membro do Departamento de Paleontologia da Universidade de Viena, Emily Roberts, encontrou faixas da borracha vegetal enquanto analisava folhas fossilizadas da planta Welwitschiophyllum, encontrada na Formação Crato, na bacia do rio Araripe, no Nordeste brasileiro.
O que faz a descoberta ser única é que diferentemente do âmbar, composto por resina fossilizada, a substância encontrada nas folhas está coberta por borracha vegetal fossilizada, algo que até o momento seria impossível, pois este tipo de planta não sobrevive a esse processo.

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As propriedades da borracha vegetal fazem com que ela possa ser dissolvida em água, já que não resistiria o suficiente para ficar fossilizada, diferentemente da resina, outra substância produzida pelas plantas, e que tem sido encontrada em plantas e sedimentos da antiguidade.
"Esta nova descoberta [...] abriu nossos olhos para o fato de que outros vegetais químicos poderiam ser preservados, entretanto não podemos fazer suposições, quando analisamos a borracha tínhamos certeza que estávamos confirmando algo que pensávamos que era impossível", comentou Roberts.
A análise da planta também concluiu que a Welwitschiophyllum está relacionada a uma das plantas mais antigas e enigmáticas existentes, a africana Welwitschia, que cresce apenas no deserto de Namíbia e no sul de Angola há 120 milhões de anos.

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