Foi em meados de 2019 que os EUA decidiram colocar a Huawei na "lista negra", impedindo muitas empresas norte-americanas, como o Google e a Microsoft, de negociarem com o gigante tecnológico chinês.
Se a Microsoft logrou a aprovação de uma licença especial para continuar a colaborar com a Huawei, o mesmo não se verificou com o Google.
Huawei contorna a lista negra
Por essa razão, os novos aparelhos da Huawei já não têm acesso aos serviços do Google Mobile (GMS) e aos aplicativos que dele fazem parte – nomeadamente o Chrome, o YouTube e a Google Play Store.
Esses novos aparelhos da Huawei ainda usam o sistema operacional Android.
Mas a percepção nos mercados ocidentais é que o Android significa Android com as adições do Google, considera a revista Forbes.
A perda da Play Store significa que os usuários não podem baixar ou executar aplicativos de terceiros a partir da loja de aplicativos, refere a mídia.
A resposta da Huawei consistiu em implementar seu próprio serviço de aplicativos, o HMS, com uma Huawei App Gallery similar à Google Play Store.
Alternativas ao Google têm sido ensaiadas por outros fabricantes, mas sem sucesso.
Com 36% do mercado, e não dependendo dos serviços online do Google, a Huawei espera poder implantar eficazmente o seu HMS.
A falta de Google pode não ser um problema tão grande como poderia parecer à primeira vista. Para além da implementação do HMS na China, na Rússia e nos países da ex-União Soviética o navegador Yandex já é majoritário.
O problema coloca-se, portanto, nos restantes países: para alguns usuários, a falta do Google nestes aparelhos será um quebra-cabeça absoluto.
Para outros, a execução de aplicativos como o YouTube ou o Google Maps no navegador será suficiente, até que haja substituições adequadas.
Google e Huawei condenados a entenderem-se?
Mas a atração pelos serviços do Google é forte demais.
A Huawei, se quiser continuar a vender seus celulares topo de linha no mercado terá de o fazer sem Google, não tendo outra alternativa senão construir um serviço de substituição.
© FOTO / PIXABAY / GERD ALTMANN
Huawei (imagem referencial)
No entanto, tanto Google quanto Huawei pretendem um entendimento.
Em declarações ao portal noticiasaominuto.com, o diretor-geral da Huawei, Richard Yu, manifestou a intenção de restabelecer a "nossa parceria com o Google", ainda esperando "obter a licença dos EUA".
Já Sameer Samat, vice-presidente das afiliadas do Google Android e Google Play, afirmou ao portal androidauthority.com ser um desejo do Google restabelecer os seus serviços em novos smartphones da Huawei, pelo que já se requereu uma licença especial ao governo dos EUA.
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