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terça-feira, 21 de abril de 2020

Irã exige retirada de forças estrangeiras do golfo Pérsico após tensão com EUA



As exigências iranianas surgem em meio às alegações da Marinha dos EUA de que embarcações da República Islâmica haviam feito "abordagens perigosas e perturbadoras" contra navios militares norte-americanos.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Abbas Mousavi, afirmou na segunda-feira (20) que a presença das forças norte-americanas é um "obstáculo" para "operações convencionais de patrulha" no golfo Pérsico. Além disso, o diplomata exigiu que as forças estrangeiras saiam da região, conforme o jornal Tehran Times.
"Como afirmado pelo Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica [IRGC], primeiramente instamos as forças estrangeiras, que estão presentes ilegalmente na região, a acabar com sua presença aqui. Queremos que eles saiam da região o mais rápido possível, seja qual for sua justificativa", afirmou Mousavi.
Ao ser questionado sobre as alegações da Marinha norte-americana relacionadas a 11 barcos militares iranianos que teriam cercado seis embarcações norte-americanas no golfo Pérsico, o porta-voz iraniano ressaltou que a ação foi provocada pelas embarcações dos EUA, fazendo com que os iranianos "reagissem com os alertas necessários".
Exército iraniano monitora navios da Marinha dos EUA no golfo Pérsico
© Foto: AP Photo / IIPA, Ebrahim Norouzihttps://sptnkne.ws/CeZJ 
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Momentos antes, o ministro da Defesa do Irã, Amir Hatami, criticou a presença dos militares norte-americanos na região, afirmando que os iranianos são perspicazes e sabem quem está certo.
"Estamos em casa e eles vieram do outro lado do mundo para criar problema para os países da região, com ameaças e sanções”, afirmou Hatami.
Recentemente, comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) instou os EUA a utilizarem seus militares para fins internos e não para enviá-los para o exterior.
Os EUA conduzem operações militares no golfo Pérsico desde o final de março, tendo o navio de assalto anfíbio USS Bataan e seu grupo de ataque chegado à hidrovia no início de abril.

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