A informação recolhida de usuários dos EUA já revela paralelos com dados de rastreamento oficiais, razão pela qual Mark Zuckerberg, o bilionário do Facebook, quer que seja usada pelos governos.
Mark Zuckerberg, dono da plataforma das redes sociais do Facebook, disse em um artigo de opinião no jornal The Washington Post que o inquérito que agrega informação de usuários dos EUA sobre o novo coronavírus representa um "superpoder" nas mãos da humanidade, e será expandido para o resto do mundo, algo que deve acontecer na quarta-feira (22).
As informações coletadas na pesquisa "nos colocarão no caminho da recuperação" do efeito socioeconômico do SARS-CoV-2, reforçou o bilionário. A Universidade Carnegie Mellon, EUA, que colaborou na criação da ferramenta, revelou que o inquérito só seria expandido "se os resultados fossem úteis".
A ferramenta on-line aponta para a maior densidade de casos em locais urbanos, com altas densidades populacionais, ao contrário das regiões rurais, algo que muitos profissionais de saúde envolvidos com o tratamento da doença já saberiam.
No entanto, a informação poderia ser incompleta, pois deixa de fora uma grande parte de idosos, devido à pouca representação da terceira idade nas redes sociais.
O objetivo é que as autoridades locais utilizem a informação do inquérito como base para decisões no combate à propagação da COVID-19.
"Alguns desses governos, francamente, não estão interessados com o fato de o mundo saber quantos casos reais podem existir, ou como isso está se espalhando em seus países. Obter esses dados lá fora é muito importante", afirmou Zuckerberg, segundo citado pelo portal The Verge.
Tratamento dos dados
Apesar de a ferramenta da universidade afirmar não partilhar dados com o Facebook, o inquérito automaticamente marca o usuário que carregar no inquérito como um caso positivo, que poderia levar ao monitoramento próximo da pessoa em questão, devido a relatos de potencial colaboração de rastreamento entre o Facebook e Washington descritos no The Washington Post.
Apesar de tudo, e mesmo com as preocupações frequentemente mencionadas em relação à plataforma, o magnata das redes sociais afirma que a luta contra o coronavírus "não deve significar o sacrifício da nossa privacidade".
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