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quarta-feira, 6 de maio de 2020

COVID-19: aliado dos EUA, Reino Unido nega ter evidência que ligue a China à pandemia



O ministro da Saúde do Reino Unido afirmou que não há nada nas raízes da epidemia da COVID-19 que apoie alegações de origem artificial, já que teorias infundadas continuam sendo divulgadas do outro lado do Atlântico.

"Examinamos isso e não temos nenhuma evidência de que seja um coronavírus produzido pelo homem", disse Matt Hancock nesta quarta-feira (6). A observação veio quando ele foi pressionado a dar sua opinião sobre o governo dos EUA, alegando que o novo coronavírus se originou em um laboratório chinês.
"Não vimos nenhuma evidência de um link, não há nada que confirme a alegação", declarou.
Dias atrás, o presidente dos EUA, Donald Trump, ganhou as manchetes ao dizer que viu evidências apoiando essa teoria.
"Temos pessoas olhando muito, muito fortemente. Pessoal científico, pessoal de inteligência e outros", comentou ele na época, acrescentando: "Teremos uma resposta muito boa eventualmente".
Enquanto isso, Hancock se recusou a dizer se os EUA compartilharam alguma dica com seu aliado mais próximo. O ministro observou apenas que o presidente norte-americano "formulou seus comentários com muito cuidado".

© AP PHOTO / DAKE KANG
Passageiras passam por controle térmico no Aeroporto Internacional Tianhe, em Wuhan, China (foto de arquivo)
Outros membros do governo Trump também avançaram agressivamente a teoria do "vírus sintético". O secretário de Estado Mike Pompeo aumentou a retórica, alegando no domingo (3) que ele tem uma "quantidade significativa de evidências" de que o novo coronavírus saiu de um laboratório em Wuhan, o epicentro da crise chinesa da COVID-19.
As teorias do ex-diretor da CIA, no entanto, são contrárias ao que a comunidade de inteligência ocidental acredita. Anteriormente, o jornal britânico The Guardian relatou que fontes próximas à aliança de inteligência Five Eyes - composta por serviços secretos no Reino Unido, EUA, Austrália, Nova Zelândia e Canadá - sustentam que não houve nenhum crime por trás da disseminação da COVID-19.
A China refutou consistentemente as acusações, apontando que era vítima do vírus mortal, não o cérebro de uma pandemia global.

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