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domingo, 14 de fevereiro de 2021

Think tank aponta para número excessivo de vítimas civis durante operações dos EUA na Síria e Iraque

 


O centro analítico RAND publicou um extenso relatório sobre o papel do poder aéreo dos EUA no Oriente Médio entre 2014 e 2019 em que reconhece a questão das mortes de civis e danos colaterais.

O centro norte-americano de análise estratégica RAND é uma entidade financiada pelo governo dos EUA com o objetivo de conduzir pesquisas e análises para as Forças Armadas do país. O presente estudo analisa dados da Operação Resolução Inerente – uma campanha militar liderada pelos Estados Unidos contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países).

O relatório "lança luz sobre o impacto das operações […] e se o poder aéreo poderia ter sido aplicado de forma diferente para alcançar resultados mais rápidos e mais sustentáveis".

O documento recomenda "limitar as vítimas civis e danos colaterais" e pede que as forças dos EUA "utilizem munições guiadas de precisão" e determinem "como usar de forma segura munições de segunda e terceira escolha".

Em suas recomendações, o RAND aponta que "as forças conjuntas devem rever sua doutrina de seleção de alvos com base na experiência na Operação Resolução Inerente".



Membros das Forças Especiais dos EUA realizando treinamento durante operações contra grupo Daesh no sul da Síria

No relatório, o RAND refere-se aos dados apresentados pela Airwars, uma organização britânica que monitora as mortes de civis em conflitos militares.

De acordo com os dados oficiais de 2019 das forças da coalizão, desde 2014 no Iraque e na Síria foram mortos 1.319 civis em resultado de ataques aéreos realizados pelos EUA e seus aliados.

Por outro lado, segundo estimações da Airwars, o número de vítimas civis poderia ser dez vezes maior: até 13.000 pessoas.

"No Iraque, o número relatado de mortes civis atingiu o pico em março de 2017, com mais de 1.400, enquanto na Síria o número estimado de mortes chegou a 800 em junho de 2017", indica o centro RAND, citando números da Airwars, o que é mais do que o comando da coalizão indicou durante todo o período de 2014 a 2019.

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