O envelhecimento da tríade nuclear dos EUA encerra uma ameaça de conflito em larga escala, por isso, as forças russas e meios de dissuasão nuclear devem estar em elevada prontidão, disse à Sputnik o especialista militar Aleksandr Karpov.
O especialista participou de uma conferência científico-militar em Moscou, na qual apresentou uma comunicação intitulada "Agravamento dos desafios externos e internos da Rússia. Medidas necessárias para os neutralizar".
"O envelhecimento do complexo nuclear americano é um desafio para a Rússia. Seremos obrigados na década de 2020 a manter nossas forças de dissuasão - tanto convencionais quanto nucleares - em alta prontidão. A dimensão de sua aplicação é determinada pelas disposições da doutrina militar e pelos princípios básicos da política da Rússia na área das armas nucleares. Se necessário, e haverá essa necessidade, será preciso desenvolver uma disposição para a projeção preventiva da força, ou seja, uma resposta adequada; também será necessário melhorar o quadro legal para o desenvolvimento destes e de outros documentos", disse Karpov.
Karpov explicou que atualmente a tríade nuclear dos EUA não está nas melhores condições e que as perspectivas futuras são ainda piores.
"A imagem do complexo nuclear dos EUA não é animadora. Quanto aos componentes terrestres, os 400 mísseis balísticos intercontinentais Minuteman III estão em serviço desde 1970, seu recurso de modernização está esgotado, eles devem ser substituídos em 2028", disse Karpov.
Em relação à componente marítima, atualmente a Marinha dos EUA possui 14 submarinos nucleares com mísseis balísticos da classe Ohio, mas os principais submergíveis deverão ser substituídos até 2027.
"Eles terão 46 anos e o último da série atual terá 30 anos. Como vão ficar os restantes [submarinos] entre os anos 2028 e 2040 é uma questão em aberto", disse ressaltando que apenas a componente aérea dos EUA não suscita preocupação aos americanos.
"Por fim, se pode concluir que os EUA estão no início de um longo ciclo de declínio político-econômico. Se acreditarmos cautelosamente no relatório do Departamento de Energia dos EUA, o período entre os anos 2028-2035 será um período difícil para o potencial nuclear americano. Não há garantias de que os EUA serão capazes de atualizar este potencial a tempo", opinou Karpov.
Além disso, pode-se supor que a elite dos EUA, ao abandonar o domínio global, "vai considerar as armas nucleares no plano prático", concluiu o especialista.
As opiniões expressas nesta matéria podem não necessariamente coincidir com as da redação da Sputnik
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