A administração Biden insta Venezuela e Cuba para não permitirem que dois navios iranianos atraquem em seus portos. Acredita-se que as embarcações estejam transportando armas destinadas a Caracas.
Os EUA ameaçam tomar "medidas apropriadas" para deter os navios, que são vistos como uma "ameaça" para os parceiros da América no Hemisfério Ocidental.
De acordo com três pessoas informadas sobre a situação, os avisos chegam depois de os navios terem viajado por uma distância significativa através do oceano Atlântico, avança edição Politico.
Um alto funcionário da administração Biden disse que se supõe que os navios transportem armas a fim de cumprir um acordo entre o Irã e a Venezuela estabelecido há um ano, durante a administração do ex-presidente Donald Trump.
O funcionário não especificou de que tipo de armas que se trataria. No entanto, no ano passado houve relatos de que a Venezuela estaria considerando a compra de mísseis do Irã, inclusive de longo alcance.
Segundo escreve a edição citando fontes na defesa e inteligência, a comunidade de inteligência dos EUA teria evidências de que Makran, um dos navios iranianos, está carregando lanchas rápidas de ataque que provavelmente são destinadas à Venezuela.
Navio iraniano Makran com sete lanchas rápidas de ataque está supostamente navegando rumo à Venezuela. De acordo com fontes do Pentágono, isso representa uma ameaça para os aliados dos EUA no Hemisfério Ocidental.
"A entrega de tais armas seria um ato provocativo e entendido como uma ameaça a nossos parceiros no Hemisfério Ocidental", afirma a fonte na administração Biden.
"Reservamo-nos o direito de tomar medidas apropriadas em coordenação com nossos parceiros para impedir o trânsito ou a entrega dessas armas", acrescenta a fonte.
Além do mais, a Casa Branca está pressionando Caracas e Havana por canais diplomáticos para que não permitam que as embarcações iranianas atraquem em seus países, revelaram representantes oficiais em condição de anonimato.
Os funcionários da administração Biden também estão contatando "proativamente" outros governos na região para garantir que façam o mesmo, conclui um funcionário do Congresso dos EUA.
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores do Irã respondeu, relativamente aos navios, que seu país tem o direito à liberdade de navegação, alertando para "erros de cálculo".
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