Uma vez anunciada a retirada das forças dos EUA do Afeganistão, o Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em outros países) tem conduzido várias ofensivas contra o exército afegão, sendo que no decorrer dos últimos três meses conseguiu tomar controle de 21 das 34 províncias do país.
Ante tamanha situação, vários cidadãos têm procurado qualquer chance para sairem do país, pois não se sentem seguros com os avanços do grupo insurgente.
É já sabido que Washington tem estado realocando várias famílias afegãs que ajudaram suas forças militares durante a guerra nos últimos 20 anos. No entanto, seus esforços parecem não ser suficientes para a rápida retirada dessas pessoas do Afeganistão.
De acordo com o canal de notícias CNN, citando um funcionário anônimo do Departamento de Estado, os EUA poderiam possivelmente realocar vários milhares de afegãos que trabalharam com as forças americanas para o Catar. A fonte disse que um possível acordo ainda está sendo discutido, mas caso seja aprovado, pelo menos oito mil cidadãos afegãos serão transferidos para a capital do Catar, Doha.
"Estamos avaliando todas as opções disponíveis. Não temos anúncios a fazer sobre locais de realojamento em países terceiros para candidatos afegãos ao visto de imigração especial [SIV, na sigla em inglês]". Além disso, o Canadá também anunciou que se está preparando para lançar um "programa especial de imigração para acolher mais de 20 mil refugiados afegãos vulneráveis, no total", citado pela mídia.
No início desta semana, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que mil membros militares norte-americanos, integrantes de uma equipe conjunta de apoio às Forças Armadas e Força Aérea foram enviados para o Catar, de modo a ajudar as autoridades locais na aceitação de candidatos afegãos com vistos de imigração.
Com a partida dos militares americanos, o Talibã iniciou um ataque maciço às forças governamentais do Afeganistão, sendo que a partir de hoje (14), a organização terrorista controla dois terços do território do país.
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