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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Arma hipersônica da China mostra capacidade sem precedentes e preocupa Pentágono, diz FT

 


Um veículo hipersônico deslizante lançado pela China disparou um míssil sobre o mar do Sul da China enquanto se movia a cinco vezes a velocidade do som, informou o jornal Financial Times, adicionando que o Pentágono ficou surpreso com o domínio da tecnologia obtido por Pequim.

Ao testar essa arma hipersônica, a China mostrou uma capacidade que nenhum outro país demonstrou até hoje, surpreendendo os cientistas do Pentágono.

O teste chinês permitiu que o veículo hipersônico deslizante, uma espaçonave manobrável capaz de transportar uma ogiva nuclear, disparasse um míssil em pleno voo sobre o mar do Sul da China.

"Este movimento é preocupante para nós [...] Isso também aumenta nossa preocupação quanto às capacidades militares que a China continua buscando", afirmou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional os EUA.

Até hoje, o Pentágono segue sem entender como Pequim conseguiu ir além das leis da física ao disparar mísseis a partir de um veículo que se movia a velocidade hipersônica.

Alguns especialistas militares acreditam que o projétil disparado foi um míssil ar-ar, enquanto outros afirmam ter sido uma contramedida que poderia comprometer a capacidade dos sistemas de mísseis americanos de eliminar as armas hipersônicas em um combate real.
Míssil hipersônico lançado da Pacific Missile Range Facility, Kauai, Havaí, EUA, 19 de março de 2020 - Sputnik Brasil, 1920, 21.11.2021
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Com a confirmação dos testes, o Pentágono passa a se preocupar ainda mais com uma suposta ameaça espacial por parte da China, que poderia realizar ataques orbitais a fim de "conter os avanços americanos para derrubar mísseis balísticos antes que possam ameaçar o território dos EUA", segundo o FT.
Por sua vez, a embaixada chinesa afirmou não ter conhecimento do teste do míssil, acrescentando que a China não está interessada em uma corrida armamentista com outros países.
"Nos últimos anos, os EUA têm inventado desculpas como a 'ameaça chinesa' para justificar sua expansão armamentista e o desenvolvimento de armas hipersônicas", afirmou Liu Pengyu, porta-voz da embaixada.

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