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terça-feira, 7 de setembro de 2021

Bancos com dados de milhares de afegãos criados pelos EUA podem cair nas mãos do Talibã, diz mídia

 


Por 20 anos, os EUA e aliados gastaram centenas de milhões de dólares construindo sistema de dados para o povo afegão. O objetivo era promover a lei, a ordem e a responsabilidade, assim como modernizar o país devastado pela guerra.

A maior parte do aparato digital construído pelos EUA durante os 20 anos de ocupação, que incluiu biometria para verificar identidades, aparentemente caiu nas mãos do Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países), segundo a AP News.

À medida que o grupo terrorista se posiciona no poder, há preocupações de que esses bancos de dados serão usados para controle social e para punição de possíveis inimigos.

De acordo com a mídia, desde a queda de Cabul, em 15 de agosto, surgiram indícios de que dados do governo podem ter sido usados ​​nos esforços do Talibã para identificar e intimidar os afegãos que trabalhavam com as forças dos EUA.

Segundo Neesha Suarez, diretora de serviços do representante norte-americano, Seth Moulton – um veterano da Guerra do Iraque cujo escritório está tentando ajudar pessoas que trabalharam para os EUA – afegaõs estão recebendo telefonemas, mensagens de texto e mensagens do WhatsApp sinistras e ameaçadoras.

A AP relata que, por enquanto, é incerto o destino de uma das bases de dados mais sensíveis, a que é usada para pagar soldados e policiais.

Soldados afegãos recém-formados em cerimônia de graduação na Academia Militar de Cabul, no Afeganistão, em 24 de fevereiro de 2020
© AP PHOTO / RAHMAT GUL
Soldados afegãos recém-formados em cerimônia de graduação na Academia Militar de Cabul, no Afeganistão, em 24 de fevereiro de 2020

O sistema afegão de pessoal e pagamento tem dados sobre mais de 700.000 membros das forças de segurança há 40 anos. Seus mais de 40 campos de dados incluem datas de nascimento, números de telefone, nomes de pais e avós, impressões digitais e exames de íris e rosto, segundo a mídia.

Originalmente concebido para combater a fraude na folha de pagamento, esse sistema deveria eventualmente interagir com um poderoso banco de dados nos ministérios da Defesa e do Interior, modelado em um que o Pentágono criou em 2004 para alcançar o "domínio da identidade" por meio da coleta de impressões digitais e exames de íris e rosto em áreas de combate.

Já o Banco de Dados de Identificação Biométrica Automatizada do Afeganistão cresceu de uma ferramenta para examinar recrutas do Exército e da polícia por lealdade para conter 8,5 milhões de registros, incluindo inimigos do governo e da população civil. 

Quando Cabul caiu, o banco estava sendo atualizado, junto com um banco de dados semelhante no Iraque, sob um contrato de US $ 75 milhões (R$ 387 milhões), assinado em 2018. No entanto, autoridades norte-americanas afirmam que ele foi protegido antes que o Talibã pudesse acessá-lo, apagando-o com software de limpeza de dados de nível militar.

Um outro banco de dados herdado pelo grupo terrorista contém imagens de íris, rosto e impressões digitais de 420 mil funcionários do governo, segundo a mídia.

Refugiados afegãos caminham até um ônibus que os leva a um centro de processamento na chegada ao Aeroporto Internacional de Dulles em Dulles, Virgínia, EUA, 29 de agosto de 2021
© REUTERS / ELIZABETH FRANTZ
Refugiados afegãos caminham até um ônibus que os leva a um centro de processamento na chegada ao Aeroporto Internacional de Dulles em Dulles, Virgínia, EUA, 29 de agosto de 2021

A aglomeração central de tais dados pessoais é exatamente o que preocupa os 37 grupos de liberdades civis digitais que assinaram uma carta em 25 de agosto pedindo o fechamento urgente e o apagamento, quando possível, da "ferramenta de identidade digital" do Afeganistão, entre outras medidas.

Na carta, é afirmado que governos autoritários têm explorado esses dados "para atingir pessoas vulneráveis" e bancos de dados digitalizados e pesquisáveis ​​ampliam os riscos, relatou a AP.

China inicia primeiros exercícios multinacionais antiterrorismo ante situação no Afeganistão (FOTOS)

 


O primeiro exercício multinacional de manutenção da paz e combate ao terrorismo, organizado pelo Exército chinês, teve início na segunda-feira (6) na China Central. As manobras decorrerão nos próximos dez dias.

A China participará, simultaneamente, de dois exercícios de manutenção da paz e combate ao terrorismo, tendo em consideração os recentes acontecimentos no Afeganistão e o crescimento da ameaça terrorista no país, de acordo com o Global Times.

Os exercícios multinacionais Shared Destiny-2021 começaram na segunda-feira (6) com uma cerimônia na base do Exército de Libertação Popular (ELP) da China em Queshan, na província central chinesa de Henan.

Tropas da China, Mongólia, Paquistão e Tailândia marcharam em direção ao campo de exercícios logo após o término da cerimônia. As forças militares envolvidas treinarão quase todos os principais padrões operacionais nas missões de manutenção da paz da ONU, incluindo atividades de reconhecimento, patrulha, escolta armada, proteção civil, ataque antiterrorista, instalação de bases temporárias de operações, resgate no campo de batalha e controle de epidemias, até o final dos exercícios, em 15 de setembro, reporta a mídia.

O coronel Tan Kefei, porta-voz do Ministério da Defesa da China, disse em uma entrevista coletiva, ainda no mês passado, que mais de 1.000 soldados, envolvendo unidades de infantaria, resposta rápida, segurança, helicópteros, engenharia, transporte e serviços médicos, participariam dos exercícios Shared Destiny-2021, o primeiro evento desta envergadura organizado pelas Forças Armadas chinesas.

"Shared Destiny-2021", um exercício internacional de manutenção da paz, começou na segunda-feira (6) na província de Henan, na China. É a primeira vez que os militares chineses organizam um exercício deste tipo, contando com a participação de tropas de países como a China, a Mongólia, o Paquistão e a Tailândia.

Contudo, esse não vai ser o único exercício de antiterrorismo que a China realiza em setembro. O Ministério da Defesa chinês também anunciou no final de agosto que a China enviará mais de 550 soldados juntamente com 130 veículos, principalmente do Comando do Teatro do Norte do PLA para o exercício conjunto antiterrorista Missão de Paz-2021 dos Estado-membros da Organização de Cooperação de Xangai, a ser realizado na área de treinamento de Donguz em Orenburg, Rússia, de 11 a 25 de setembro.

A China, Rússia, Cazaquistão, Tajiquistão, Quirguistão, Índia, Paquistão e Uzbequistão enviarão um total de cerca de 4.000 soldados para os exercícios descritos, informa a matéria.


 

sábado, 4 de setembro de 2021

Reator atômico do submarino soviético K-19 'Hiroshima' é encontrado no mar de Kara

 


No mar de Kara foi revelado um contêiner com reator atômico do submarino K-19, segundo informou o chefe da equipe aeromóvel central Tsentrospas, Yevgeny Lineytsev.

A expedição de busca de objetos radioativos afundados está na área aquática do oceano Ártico. Os representantes das unidades especiais do Ministério para Situações de Emergência da Rússia, junto com cientistas do Instituto de Oceanologia da Academia de Ciências russa, estão observando o fundo do mar por meio do robô de controle remoto Falkon.

Durante os trabalhos, foi detectado um objeto. Os especialistas vão examinar a descoberta e realizar uma análise espectral e coleta de material vegetal da superfície.

Em diversos anos, nas quatro baías do mar de Kara foram afundados múltiplos objetos após testes de armas nucleares no arquipélago de Novaya Zemlya, bem como partes do quebra-gelo Lenin, inclusive seu reator nuclear, e também o submarino nuclear K-27. Segundo dados preliminares, na fossa Novozemelskaya há cerca de 1,2 mil fragmentos radioativos perigosos.

O Ministério para Situações de Emergência está criando um inventário de tais objetos: trata-se de resíduos radioativos sólidos, agentes químicos tóxicos e munições, que estão sobretudo a uma profundidade de 500 metros.

O K-19 é um submarino do projeto 658 com mísseis balísticos nucleares. Ele foi o primeiro portador nuclear de mísseis da União Soviética e foi lançado à água em outubro de 1959. Em novembro de 1960, o submarino nuclear entrou em serviço. Devido às numerosas avarias foi apelidado de Hiroshima. Foi reciclado em abril de 1990.

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