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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

'Cenário de 3ª Guerra Mundial': Turquia pode levar EUA e Rússia a um confronto na Síria?



A revista norte-americana The National Interest avaliou as possibilidades de um confronto entre os EUA e a Rússia na província de Idlib, na Síria, realizando os mais obscuros "pesadelos da Guerra Fria".

A situação na província de Idlib atingiu níveis de tensão preocupantes nesta quinta-feira (20), quando dois soldados turcos morreram em confrontos com as Forças Armadas sírias, apoiadas por Moscou.
Bashar Assad conduz uma operação para retomar na província de Idlib as rodovias M4 e M5, que ligam as duas maiores cidades da Síria, Aleppo e Damasco.

© SPUTNIK / MIKHAIL VOSKRESENSKY
Membro do exército sírio dirige em vilarejos retomados ao sudeste da província de Idlib, em 25 de janeiro de 2020
Os Estados Unidos, que mantêm forças na região leste da Síria e são um aliado da Turquia no âmbito da OTAN, estão avaliando qual deve ser o seu papel nesse arriscado teatro de guerra.
Após os incidentes desta quinta-feira (20), a Turquia solicitou aos EUA que realizasse patrulhas aéreas e mobilizasse seu sistema de defesa antiaérea para deter a Rússia.
"A OTAN nunca viu combates dessa intensidade tão próximo da fronteira de um Estado membro", disse o último embaixador dos EUA na Síria, Robert Ford, em coletiva de imprensa.
A revista reporta que existem divisões dentro do governo dos EUA acerca do tipo de apoio que os norte-americanos devem fornecer à Síria. Se, por um lado, o Departamento de Estado, manifesta apoio total à Turquia, o Departamento de Defesa deseja manter o foco na região leste do país.
A coalizão liderada pelos EUA "está focada em derrotar o Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e demais países] na região leste da Síria", disse o porta-voz da coalizão, coronel Myles Caggins, à Sky News.

© REUTERS / KHALIL ASHAWI
Soldado turco caminha perto de veículos militares turcos perto de Idlib, na Síria, 11 de fevereiro de 2020
O coronel descreveu Idlib como um "imã para grupos terroristas", que são um "incômodo, um perigo e uma ameaça à população civil".
O porta-voz do Pentágono, Jonathan Hoffman, pediu uma desescalada dos confrontos.
"Estamos vendo que os russos e os turcos se aproximaram muito de um conflito mais extenso na área. Esperamos que eles encontrem uma solução para evitar isso", disse Hoffman.
O Departamento de Estado tem sido mais incisivo nas suas declarações de apoio à Turquia.
"Estamos do lado do nosso aliado da OTAN, a Turquia [...] e apoiamos totalmente suas ações justificadas de autodefesa", disse o secretário de Estado, Mike Pompeo, após os incidentes de quinta-feira.

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