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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

França e Alemanha assinam contrato para construir caça 100% europeu



França e Alemanha assinaram contrato de € 150 milhões (R$ 709 milhões) para desenvolver protótipo de caça de nova geração, projeto considerado crucial para a independência militar europeia.

Nesta quinta-feira (20), as ministras da Defesa da França, Florence Parly, e da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer, assinaram o contrato para a construção de um caça, previsto para operar a partir de 2040.
"Trata-se de um projeto ambicioso entre a França e a Alemanha, ao qual a Espanha aderiu", disse a ministra francesa.
A Espanha deve se unir ao projeto em sua etapa inicial, investindo cerca de € 50 milhões (cerca de R$ 236 milhões) durante 2020.
As empresas Dassault Aviation e Airbus se encarregaram de construir a aeronave, que irá gradualmente substituir os caças franceses Rafale e os alemães Eurofighter.
"[O projeto] permitirá que as nossas nações encarem as ameaças e desafios da segunda metade do século XXI [...] e ilustra a nossa vontade e ambição para uma defesa europeia", acrescentou Parly.

© REUTERS / CHARLES PLATIAU
Ministra da Defesa da Alemanha, Annegret Kramp-Karrenbauer (à esquerda), da França, Florence Parly (centro) e o Secretário de Defesa da Espanha, Angel Olivares Ramirez, reunidos na cerimônia de assinatura do contrato, em 20 de fevereiro de 2020
O contrato prevê a realização de pesquisa e aquisição de tecnologia para construção do protótipo do caça, do seu motor, dos drones que o acompanharão e de uma nuvem de combate aéreo.
investimento total no protótipo deve totalizar € 4 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) até 2026. A produção dos caças não deve se iniciar antes de 2040.
A Dassault e a Airbus irão construir o caça, enquanto a Safranand MTU Aero Engines desenvolverá o seu motor. A Airbus e a MBDA irão produzir os drones. A Thales S.A. e a Airbus ficarão encarregadas dos aspectos digitais do projeto.
Executivos da indústria de defesa tem pressionado as autoridades europeias para aumentar os investimentos em projetos conjuntos, a fim de não perder a fatia do mercado global de armamentos, atualmente dominado pelos EUA.

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