O ouro, tal como o paládio, tem sido um dos beneficiários do surto do COVID-19 e se prevê que seu preço continue a subir. As subidas nas ações de Wall Street também têm contribuído ao fenômeno.
O preço do ouro bateu um recorde histórico nos últimos sete anos. Os receios de que o surto do coronavírus na China pudesse abrandar o crescimento econômico global foram um dos fatores que fizeram subir o preço do ouro na bolsa de valores. No entanto, não tem sido a única causa do seu crescimento.
Os rumores de que a Reserva Federal dos EUA poderia relaxar sua política monetária, baixando a taxa de juros antes do final de 2020, também desempenhou um papel importante na atual subida dos preços. Isso aconteceu apesar de a principal agência reguladora norte-americana ter indicado na ata da última reunião que poderia não alterar a taxa de juros por muitos meses.
Como resultado, a onça de ouro atingiu cerca de US$ 1.612,98 (R$ 7.074,95) na bolsa de Xangai. Este é um nível que não é registrado desde março de 2013. Especialistas do banco suíço UBS preveem que o preço do metal precioso pode continuar a subir e exceder US$ 1.650 (R$ 7.236) nas próximas semanas.
Como muitos investidores temem que o surto de coronavírus possa retardar a produção global, o preço do ouro, considerado pelos investidores o refúgio típico para proteger seus recursos financeiros, subiu 6% neste ano. Assim, a empresa norte-americana Apple e a britânica Burberry já reconsideraram seus planos de desenvolvimento, escreve a agência Bloomberg.
"Com as valorizações dos ativos dos EUA elevadas, qualquer nova turbulência poderia levar a um novo aumento de volatilidade, uma nova subida dos títulos governamentais e um preço mais elevado do ouro", escrevem os analistas Wayne Gordon e Giovanni Staunovo em uma informação apresentada à agência.
Reflexo nos outros metais
O ouro não foi o único metal precioso a reagir desta forma ao agravamento da situação sanitária na China. O paládio aumentou de valor 0,3%, para cerca de US$ 2.725,22 (R$ 11.955,00), por onça.
O paládio, que é usado para reduzir as emissões de gases dos veículos, bateu um recorde histórico na quarta-feira (19), com cerca de US$ 2.849,61 (R$ 12.503,50) por onça. O crescimento terá ocorrido por causa da expansão do déficit global e das promessas do governo chinês de estabilizar a procura de carros no país.
O surto de coronavírus na China tem sido uma notícia menos animadora para outros metais preciosos. A prata caiu na bolsa 0,7%, enquanto que a queda da platina foi ainda maior, constituindo 1,3%.
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