A revista norte-americana comparou as particularidades de cada um dos aviões de ponta da Rússia, que lhes permitem serem usados de forma complementar.
Rússia pôs em serviço em 2014 o caça russo de nova geração Su-35, seguido pelo MiG-35 em junho de 2019, cada um dos quais tem suas vantagens, relata a revista The National Interest.
Ambos são continuações de suas linhas de produção anteriores, o Su-27 e o MiG-29. O Su-35 é o mais forte dos dois aviões, apesar de semelhanças, tais como ambos usarem motores duplos potentes com vector de empuxo tridimensional, maior carga útil de armas, sistemas de guerra eletrônica e telas de cabine de última geração, segundo o artigo.
Superiodade do Su-35
Um dos trunfos do Su-35 é o radar Irbis-E, que pode detectar a maioria dos alvos do tamanho de um caça com alcance superior a 400 quilômetros, caças furtivos com alcance superior a 80 quilômetros e pode rastrear até 30 alvos aéreos em simultâneo. Com uma velocidade máxima idêntica de Mach 2,25 (cerca de 2.750 km/h), o Su-35 consegue igualmente suportar altitudes e alcance superiores.
A forte resistência do modelo Su-35 permite-lhe carregar 12 a 14 mísseis durante um voo sem grande redução de seu alcance efetivo. Seu radar pesado dá-lhe vantagem em monitoramento situacional. O Su-35 também tem vantagem em tecnologia furtiva avançada, que reduz sua secção transversal de detecção por radar em mais de 70% em relação ao Su-27, desconhecendo-se a existência de tal tecnologia nos MiG-35.
Vantagens do MiG-35
O avião Su-35 também possui algumas desvantagens "críticas" relativamente ao MiG-35, que tem seu custo operacional 20% inferior ao MiG-29, o que o torna um dos aviões mais baratos de operar no mundo, apesar de continuar a ser bastante pesado e ter capacidades ofensivas de ponta.
Como resultado, o caça MiG-35 pode ser utilizado por pilotos menos experientes, ser fabricado em maiores quantidades e cumprir mais missões. O radar do MiG-35 é mais leve e sofisticado, sendo o primeiro radar ativo integrado eletronicamente.
Como escreve a revista norte-americana, os motores duplos dos dois modelos de aviões são dos melhores do mundo, apenas tendo iguais nos caças J-10C chineses, sendo que já os anteriores modelos de cada linha, Su-27 e MiG-29, "ofereciam manobrabilidade altamente superior a seus homólogos ocidentais".
Utilização prática
Em última análise, a Rússia deve priorizar a utilização de caças pesados como o Su-35, como o tem feito com os Su-27 e Su-30 nos tempos pós-Guerra Fria. Apesar de tudo, ainda tem mais de 150 caças MiG-35 planejados para complementá-los.
As maiores produções do MiG-35 devem ser destinadas à exportação para clientes no estrangeiro, conclui The National Interest.
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