Policial, que passa pano, junto da alucinada que cospe |
Neste domingo (3), durante manifestações do gado hidrófobo que pediam impeachment de Doria e fim do isolamento, o jornalista Guilherme Meirelles, parado no trânsito, foi cuspido por apoiadora de Bolsonaro que esbravejava num megafone.
O jornalista enviou um relato ao DCM:
Por volta das 15 horas de hoje, eu e minha mulher precisávamos ir até a Pompeia resolver um assunto pessoal.
Como moramos na Aclimação, o caminho era a avenida Paulista. Assim que atravessamos a Brigadeiro Luis Antônio, o trânsito ficou lento e parou um pouco antes do hospital Santa Catarina.
Havia dezenas de militantes bolsonaristas circulando e carros impedindo o trânsito. Ao meu lado, no meio da avenida, uma moça loira, cerca de 1m60, veio gritando pela megafone palavras de ordem, do tipo “queremos trabalhar”, “fora Doria” e bobagens do gênero.
Ela estava acompanhada de um homem, mais ou menos 35 anos.
Eu, usando máscara, abri o vidro do carro e falei para ela que isso é um absurdo, era uma aglomeração absurda, que era irresponsável, mas não a ofendi em momento algum.
De forma acintosa, ela e o homem que a acompanhava vieram em minha direção e ela cuspiu no eu braço, que estava na janela.
Como havia duas viaturas à frente, buzineie gritei pela polícia, mas os policiais não se moveram.
Indignado, eu minha mulher saímos do carro, mostrei o meu braço com o cuspe e o policial nem alterou a expressão. Apenas perguntou se eu queria fazer o B.O. na delegacia.
Na hora, deu vontade de rir – vou deixar a prova do cuspe no braço? E se ela for assintomática?
Com aquela boa vontade, ele se dirigiu até a moça e ao seu companheiro e perguntou o que havia ocorrido. Minha mulher imediatamente passou álcool em gel no meu braço e decidimos ir embora não sem antes fotografar os envolvidos.
Para não haver o risco de sermos confrontados por mais fascistas, entramos na alameda Campinas e continuamos nosso caminho.
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