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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Estudo revela grupo sanguíneo mais resistente ao coronavírus



Contudo, o estudo em questão ainda não foi amplamente revisado pela comunidade científica para atestar seus dados.

Um grupo internacional de pesquisadores sugere que susceptibilidade à insuficiência respiratória causada pela COVID-19 poderia depender do grupo sanguíneo da pessoa infectada, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira (4) no servidor de pré-impressão medRxiv.
Mais de 120 pesquisadores de diferentes universidades europeias levaram a cabo o primeiro estudo de associação do genoma completo para averiguar quais fatores podem contribuir ao desenvolvimento da insuficiência respiratória em alguns pacientes com COVID-19.
Para tal, os pesquisadores escolheram 1.980 pessoas contagiadas com o coronavírus que desenvolveram insuficiência respiratória em cinco cidades da Espanha e Itália e analisaram mais de 8,5 milhões de variações na estrutura de seus genes.

© AP PHOTO / MANU FERNANDEZ
Assistente médica cuida de paciente infectado pelo coronavírus na Espanha
Como resultado, os cientistas detectaram uma associação de replicação cruzada entre os SNP – polimorfismo de nucleotídeo único, uma variação na sequência de DNA que afeta somente uma base de sequência do genoma – no cromossoma 3 e o cromossoma 9.
Em particular, no cromossoma 3p21 foi identificado um grupo de genes que poderia ser relevante para o desenvolvimento da COVID-19 grave. Um destes genes, o SLC6A20, codifica uma proteína transportadora que interatua com a enzima de conversão da angiotensina 2 (ACE2), o receptor através do qual ingressa nas células o SARS-CoV-2, revela o portal Medical News.
Um SNP principal também foi identificado no cromossoma 9 no locus do grupo sanguíneo ABO, e uma análise posterior mostrou que os pacientes com A+ têm um risco 45% maior de insuficiência respiratória, enquanto que os indivíduos com o grupo sanguíneo O têm um risco 35% menor de insuficiência respiratória.
Contudo, é necessário considerar que o estudo em questão ainda não foi revisado por especialistas independentes e editores de revistas científicas, portanto, estas conclusões devem ser tomadas com cautela.

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