Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: Marcos Correa/PR | Reuters) |
Falta de rumo da política econômica do governo Jair Bolsonaro e o avanço da pandemia elevaram o déficit primário das contas do setor público consolidado para R$ 81,071 bilhões em julho. Rombo é o pior para o mês em 19 anos
A falta de rumo da política econômica do governo Jair Bolsonaro que foi agravada pela pandemia elevou o déficit primário das contas do setor público consolidado para R$ 81,071 bilhões em julho. O rombo, o pior para o mês em 19 anos, corresponde a 7,48% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2015, último ano do governo Dilma Rousseff antes do golpe, o déficit correspondeu a 1,94% do PIB.
Segundo dados do Banco Central (BC), a dívida líquida ao longo de julho deste ano chegou a 60,2% do PIB, contra 58,0% do mês anterior. No acumulado do primeiros sete meses de 2020, o déficit primário foi de R$ 483,773 bilhões. O resultado também foi o pior da série histórica do BC referente ao período. Ao longo de todo o ano ano passado, o rombo das contas do setor público foi de R$ 61,87 bilhões, equivalente a 0,85% do PIB.
No período de 12 meses encerrado em julho, o déficit nominal foi de R$ 875,263 bilhões, correspondendo a 12,19% do PIB. Já a Dívida Bruta do Governo Geral fechou o mês de julho em R$ 6,210 trilhões, o que representa 86,5% do PIB. Em dezembro de 2013, ainda no governo Dilma, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB , melhor momento da série histórica do BC.
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