O porta-aviões norte-americano Dwight Eisenhower abandonou recentemente o mar Mediterrâneo e a mídia on-line chinesa Sohu relacionou sua partida com a aparição do novo submarino russo Belgorod.
Entretanto, o especialista militar Viktor Baranets explica que estes dois fatos não estão relacionados.
A mídia Sohu relacionou diretamente os dois eventos, porém Viktor Baranets acredita que o porta-aviões não tinha nada a temer. Segundo ele, o submarino Belgorod, equipado com o drone subaquático nuclear Poseidon, semelhante a um grande torpedo, foi concebido para atingir alvos muito maiores.
"Foi criado para fins muito sérios. Os autores da Sohu, aparentemente, não compreenderam o verdadeiro propósito deste drone único. O Poseidon não existe para lutar contra navios de superfície e submarinos, mas, sim, para lançar um poderoso ataque contra alvos costeiros estratégicos do inimigo, tanto militares quanto civis", explicou o especialista em seus comentários ao serviço russo da rádio Sputnik.
Para o analista militar, um alvo ideal para o Poseidon poderia ser a importante base naval de Norfolk, na costa leste dos EUA, onde se encontram atracados diversos porta-aviões.
"Neste caso, o uso do Poseidon seria justificado, pois desta maneira com apenas uma explosão ele poderia destruir quase metade dos porta-aviões norte-americanos", sugeriu Baranets.
O drone nuclear Poseidon, de 24 metros de comprimento, consegue atingir uma altíssima velocidade, inalcançável para submarinos, submergir à profundidade de um quilômetro e calcular de forma autônoma a melhor trajetória para chegar ao destino.
O principal propósito do Poseidon é causar uma onda gigante de tsunami capaz de destruir as comunicações e infraestruturas costeiras.
Também pode carregar mísseis com ogivas tanto convencionais quanto nucleares. No segundo caso, seu potencial bélico será muito maior.
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