O conflito no Cáucaso entre Armênia e Azerbaijão voltou a escalar, deixando militares e civis mortos e feridos, afirma a não reconhecida república de Nagorno-Karabakh.
O Ministério da Defesa da não reconhecida república de Nagorno-Karabakh anunciou a recuperação de várias posições anteriormente perdidas na linha de contato durante a madrugada, em meio a conflito entre Armênia e Azerbaijão.
"De madrugada continuaram intensas lutas nas direções sul, sudeste e norte da linha de frente. Como resultado do contra-ataque, Unidades do Exército de Defesa [de Nagorno-Karabakh] causaram grandes perdas de forças pessoais e equipamento militar do inimigo", diz o comunicado.
A situação na linha de contato em Nagorno-Karabakh se agravou no domingo (27) de manhã, depois que a república de Nagorno-Karabakh afirmou que o Exército azeri abriu fogo no território da não reconhecida república, incluindo a capital Stepanakert, e com vítimas civis.
Baku e Erevan culpam um ao outro pela escalada do conflito militar. O Ministério da Defesa do Azerbaijão alega que a Armênia começou a bombardear a região disputada em meio a uma operação contraofensiva do Azerbaijão. Os militares armênios declaram que Nagorno-Karabakh foi submetida a ataques aéreos e de mísseis por Baku.
As autoridades armênias impuseram a lei marcial no país e declararam a mobilização geral, o mesmo sendo feito pela liderança da não reconhecida república de Nagorno-Karabakh.
O Ministério das Relações Exteriores russo pediu a Baku e Erevan que cessassem imediatamente o fogo e iniciassem as negociações.
História da guerra em Nagorno-Karabakh
O conflito em Nagorno-Karabakh começou em fevereiro de 1988, quando a Região Autônoma de Nagorno-Karabakh anunciou sua separação da República Socialista Soviética do Azerbaijão.
Baku perdeu o controle sobre Nagorno-Karabakh e sete áreas vizinhas em 1992-1994 como resultado do confronto armado. Desde 1992, as negociações para a solução pacífica do conflito têm sido conduzidas pelo Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, liderado por três países: Rússia, EUA e França.
O Azerbaijão insiste em preservar sua integridade territorial, já a Armênia defende os interesses da república não reconhecida, por ela não ser parte nas negociações.
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