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quarta-feira, 31 de março de 2021

Israel é capaz de 'destruir completamente' o programa nuclear do Irã, diz general das FDI

 


Major-general Tal Kalman, que atualmente chefia o Diretório Iraniano das Forças de Defesa de Israel, afirmou em entrevista ao Israel Hayom que o seu país tem capacidade de "destruir completamente" o programa nuclear do Irã.

Em entrevista, o alto funcionário militar israelense disse ao jornal que em 2020 ocorreram "grandes mudanças" no confronto com o Irã, começando com o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani, executado pelos EUA em janeiro, e outros eventos que, segundo ele, não podem ser revelados.

"Irã […] é um desafio para a nossa doutrina de segurança nacional. Mas eu realmente acho que isso é sobre lidar com um país com o potencial para se tornar uma potência regional liderada por um regime extremo com um objetivo real de destruir Israel", comentou.

De acordo com o major-general, o desafio representado pelo Irã para Israel é "sem precedentes", porque é um grande país de 80 milhões de pessoas, localizado a 1.600 km de distância.

"Esta é uma competição estratégica de longo prazo que nos exorta a empregar um tipo de pensamento diferente do usado para enfrentar um país na nossa fronteira", observou Kalman.

De acordo com o militar, a estratégia usada ao longo dos últimos 30 anos tem sido bem-sucedida, uma vez que o Irã não conseguiu concretizar as suas ambições nucleares e foi evitada uma corrida regional ao armamento nuclear.

"A questão nuclear é a ameaça número um, e temos de alcançar o máximo nesse ponto. Com todo o resto saberemos como lidar", afirmou, acrescentando que os mísseis de longo alcance do Irã, incluindo os mísseis de cruzeiro, são uma ameaça para Israel por acabarem nas mãos de forças apoiadas por Teerã, como o movimento Hezbollah no Líbano.

Central nuclear de Bushehr, no Irã (imagem referencial)
© AFP 2021 / BEHROUZ MEHRI
Central nuclear de Bushehr, no Irã (imagem referencial)

Ao ser questionado pelo jornal se Israel tem capacidade de destruir o programa nuclear do Irã tal como fez no Iraque em 1981 e na Síria em 2007, Kalman não hesitou em responder que sim.

"A resposta é sim. Quando construímos estas capacidades, as construímos para ser operacionais. Não é que não haja muitos dilemas estratégicos, desde o dia seguinte, o Irã pode voltar ao plano, mas a capacidade existe. Definitivamente", respondeu.

Porém, o alto comandante disse que uma decisão tão drástica como esta é o último recurso como parte de uma estratégia mais ampla.

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