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domingo, 6 de fevereiro de 2022

Bundestag exorta Ucrânia a moderar retórica com Alemanha, enquanto Kiev pede armas

 


Ucrânia tem criticado a Alemanha por ela não querer se juntar a outros aliados da OTAN no fornecimento de armas letais a Kiev. Autoridades e meios de comunicação ocidentais têm sugerido durante várias semanas que Moscou está se preparando para uma suposta invasão do país vizinho.

Marie-Agnes Strack-Zimmermann, presidente da Comissão de Defesa do Bundestag (Parlamento alemão) apelou às autoridades ucranianas para moderarem o seu tom quando exigem ajuda em forma de armamentos por parte da Alemanha.


"Eu entendo perfeitamente que as autoridades ucranianas em Kiev estejam no limite por causa da ameaça colocada pelo Exército russo. Mas não consigo entender os ataques verbais constantes contra nós por parte de alguns [funcionários] ucranianos", disse Strack-Zimmermann citada pelo jornal Die Welt.

"Nos últimos anos, a Alemanha tem proporcionado à Ucrânia importante ajuda, por um senso de responsabilidade e amizade. No calor da batalha emocional, representantes ucranianos não devem confundir amigos e inimigos. Um pouco de moderação seria bom", acrescentou a presidente da Comissão de Defesa.

Na sexta-feira (4), a agência de notícias alemã DPA informou que Kiev havia enviado uma lista de armas que quer que a Alemanha forneça, e criticou Berlim por "não prestar o apoio militar de que necessita no seu impasse com a Rússia".
A Ucrânia reclama há muito tempo por a Alemanha não fornecer o apoio militar de que necessita no seu impasse com a Rússia. Agora enviou uma "lista de desejos" para Berlim.
De acordo com a agência, as armas solicitadas por Kiev incluem sistemas de mísseis antiaéreos de médio alcance, sistemas de mísseis antiaéreos portáteis, armas antidrone, sistemas de rastreamento eletrônico, dispositivos de visão noturna, câmeras de vigilância, e munições, sendo todos os equipamentos listados por Kiev como armas "de natureza defensiva".
Anteriormente, o embaixador da ucraniano na Alemanha, Andrei Melnik, criticou a ministra da Defesa, Christine Lambrecht, pela decisão de fornecer apenas 5.000 capacetes. A medida foi classificada como uma "verdadeira piada" pelo prefeito de Kiev, Vitaly Klichko, que pediu a Berlim para enviar armas letais.

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