Cientistas descobriram seis novas estirpes de coronavírus em morcegos em Mianmar, como parte do esforço para identificar novas periculosidades enquanto a pandemia do novo coronavírus assola o planeta.
Os novos tipos de coronavírus foram encontrados em três espécies de morcegos. Acredita-se que não tenham ligações estreitas com estirpes que causam doenças letais como SARS, MERS ou COVID-19, e ainda não está claro se podem propagar-se a outras espécies, incluindo humanos.
Pesquisadores do Programa de Saúde Global do Instituto Smithsoniano identificaram os vírus através de uma cuidadosa coleta de amostras em 11 espécies de morcegos em Mianmar, de acordo com o artigo publicado na revista PLOS ONE nesta quinta-feira (9).
Pesquisadores coletaram mais de 750 amostras de saliva e fezes entre 2016 e agosto de 2018 em locais onde os seres humanos são mais propensos a entrar em contato com morcegos através da colheita de fezes, práticas religiosas e ecoturismo.
Verificou-se que três espécies de morcegos têm três alfacoronavírus anteriormente desconhecidos e três novos betacoronavírus.
As estirpes recém-descobertas pertencem à família de coronavírus, mas não estão sendo consideradas que possam estar estreitamente relacionadas com os vírus que causam Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS) ou COVID-19. Também não está esclarecido se podem infectar seres humanos e quão perigosos são para a saúde humana.
"Muitos coronavírus podem não representar risco para as pessoas, mas, quando identificados, essas doenças precocemente nos animais, temos uma oportunidade valiosa para estudar a potencial ameaça", firmou em comunicado Suzan Murray coautora do estudo diretora do Programa de Saúde Global do Instituto Smithsoniano.
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