O governo prorrogou o prazo de isolamento até o dia 20 de abril, mas anunciou que deve publicar novo texto renovando as medidas de confinamento |
Em áudio, um empresário diz em referência a Renan Filho (MDB): "o negócio é, se a gente não se juntar pra dar um tiro nesse filha da puta desse governador, melhor a gente ficar em casa mesmo cordeirinho, como a gente está, vivendo numa ditadura"
A Polícia Civil de Alagoas abriu inquérito neste sábado (18) para investigar o áudio de um empresário sugerindo a união de donos de loja para "dar um tiro" no governador do estado, Renan Filho (MDB), por causa das medidas de isolamento social.
O empresário gravou o áudio após uma suposta conversa com o diretor do shopping onde ele tem o empreendimento, em Maceió. "O negócio é, se a gente não se juntar pra dar um tiro nesse filha da puta desse governador, melhor a gente ficar em casa mesmo cordeirinho, como a gente está, vivendo numa ditadura", diz o aúdio, de acordo com reportagem do UOL.
O governo decretou o fechamento do comércio desde o dia 21 de março e prorrogou o prazo até o dia 20 de abril, mas o chefe do Executivo anunciou que deve publicar novo texto renovando as medidas de isolamento social. O estado tem ao menos 132 casos confirmados de covid-19 e 12 mortes. Em nível nacional são 36,5 mil casos e 2.347 mortes.
No áudio, o empresário também afirma que "estava conversando com o pessoal da diretoria do shopping, e eles disseram o seguinte: que não adianta ser hipócrita de dizer 'vamos abrir, vamos botar pra abrir todo mundo' porque os empreendedores — no caso os donos dos shoppings — não vão de jeito nenhum liberar para abrir porque no outro dia o Ministério Público vai fechar, entendeu?". "Então não adianta".
Em nota, a Secretaria de Estado da Comunicação informou que "o governador Renan Filho não vai comentar ameaças motivadas pela adoção de medidas de enfrentamento à pandemia de coronavírus, que tem como objetivo preservar a vida dos alagoanos". "A Polícia Civil já foi acionada para conduzir investigação sobre áudios divulgados na imprensa e tomará as medidas cabíveis para identificar o autor e puni-lo conforme a lei", acrescenta a nota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário