A investigação sobre fake news está avançada em identificar assessores e empresários por trás do financiamento do esquema criminoso, que tem como um dos pivores o vereador Carlos Bolsonaro (RJ)
Aliados de Jair Bolsonaro temem que o Supremo Tribunal Federal (STF) determine a prisão de um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (RJ), considerado um dos pivores de um esquema criminosos de disseminação de fake news na internet. O inquérito sigiloso foi aberto no ano passado e tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.
A investigação está bem avançada em identificar assessores e empresários por trás do financiamento do esquema. De acordo com o BR Político, antes que as apurações cheguem à família Bolsonaro, deputados e membros de movimentos de mobilização de atos de rua devem ser chamados a depor, ter conduções coercitivas, além de buscas e apreensão aprovadas ou prisões preventivas decretadas.
O avanço das investigações aumenta ainda mais a pressão em cima de Bolsonaro. O decano do STF, Celso de Mello, pediu que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se manifeste sobre o porquê de não dar seguimento aos pedidos de impeachment.
O ministro também deve dar os primeiros andamentos ao inquérito aberto a partir das declarações de Sérgio Moro. Em coletiva de imprensa, na sexta-feira (24), o ex-juiz apontou crimes de responsabilidade em Bolsonaro. "O presidente me relatou que queria ter uma indicação pessoal dele para ter informações pessoais. E isso não é função da PF", acrescentou.
A crise política aumentou no governo, depois que Moro pediu demissão devido à exoneração de Maurício Valeixo da Diretoria-Geral da PF determinada por Bolsonaro.
De acordo com pesquisa Atlas Político, 54% dos brasileiros já apoiam o impeachment de Bolsonaro.
Também vale ressaltar que o ministro Gilmar Mendes deve negar liminar ao pedido do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para que seja impedida a prorrogação da CPMI das Fake News.
As fake news ganharam mais destaque no noticiário em 2018, quando houve uma campanha ilegal contra o então presidenciável Fernando Haddad (PT) financiada por empresas e que se baseava na divulgação de fake-news (notícias falsas) no WhatsApp para prejudicá-lo, conforme denunciou uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo. A matéria apontou, ainda, que cada contrato chega a R$ 12 milhões e, entre as empresas compradoras, está a Havan.
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